A junta militar que governa Mianmar prolongou nesta sexta-feira (31) o estado de emergência por maio seis meses, quatro anos após a tomada de poder em um golpe de Estado que desencadeou um conflito que deixou milhares de mortos.
Os militares enfrentam dificuldades contra a resistência de grupos armados e sofreram vários reveses em sua luta contra uma aliança de milícias de minorias étnicas nas regiões norte e leste do país.
A junta militar, liderada pelo comandante do Exército, Min Aung Hlaing, aprovou a decisão por unanimidade, informou o órgão de imprensa do governo em um comunicado.
O estado de emergência significa que as eleições que a junta prometeu organizar estão adiadas, no mínimo, para o segundo semestre.
Os militares tomaram o poder alegando fraude nas eleições de 2020, nas quais o partido da vendedora do Prêmio Nobel da Paz Aung San Suu Kyi, a Liga Nacional para a Democracia (LND), conquistou uma vitória contundente.
O golpe militar encerrou um breve período 10 anos de democracia em Mianmar.
A junta prorrogou o estado de emergência diversas vezes enquanto prossegue em combates contra as milícias de minorias étnicas e novos grupos pró-democracia, como a Força de Defesa do Povo.
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