A junta burquinense declarou persona ‘non grata’, nesta segunda-feira (18), a coordenadora residente da ONU por sua “responsabilidade” em um relatório do secretário da ONU que “difundia informações graves e falsas” sobre a infância e o conflito armado em Burkina Faso, assolado pela violência de extremistas islâmicos.
“Por sua responsabilidade por copresidir a elaboração de um informe que compila dados sem fontes objetivas, provas nem justificativa, e que difunde informações graves e falsas”, Carol Flore-Smereczniak “é declarada persona ‘non grata’ no território de Burkina Faso”, anunciou o governo burquinense em um comunicado.
“Com um estilo narrativo que cita indiscriminadamente terroristas e instituições de defesa e segurança de Burkina Faso, este informe parece uma compilação de afirmações infundadas e falsidades, não inclui cópias de informes de investigações, nem sentenças judiciais que apoiem os supostos casos de violações contra crianças, atribuídos aos valentes combatentes burquinenses”, acrescentou.
Originária de Maurício, Carol Flore-Smereczniak foi nomeada em julho de 2024.
Há quase dez anos, Burkina Faso é assolada por ataques mortais de grupos vinculados à rede Al-Qaeda e ao grupo Estado Islâmico.
A junta militar do capitão Ibrahim Traoré, no poder desde o golpe de Estado de setembro de 2022, afirma que a recuperação do território é uma “prioridade”, mas o país continua imerso na violência.
O exército e seus auxiliares civis têm sido acusados reiteradamente de cometer abusos contra a população civil.
Em dezembro de 2022, a junta declarou ‘persona non grata’ a anterior coordenadora residente da ONU em Burkina Faso, a italiana Barbara Manzi.
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