O volante Junior Urso afirma que o Corinthians tem de combinar a garra tradicional da equipe com um jogo de inteligência para conseguir a classificação à semifinal da Copa Sul-Americana, nesta quinta-feira, a partir das 21h30, no Maracanã. Depois do empate por 0 a 0 no jogo de ida diante do Fluminense, o time comandado por Fábio Carille precisa de pelo menos um gol nesta quinta-feira para avançar. Nova igualdade sem gols leva a decisão para os pênaltis. Quem passar enfrenta o Independiente del Valle, do Equador, na próxima fase.

Em entrevista coletiva nesta quarta-feira, Junior Urso avaliou que a partida desta quinta é a mais importante do ano para o clube desde a decisão do último Paulistão, no qual o Corinthians conseguiu o tricampeonato estadual ao bater o São Paulo. “Essa será a partida mais importante depois da final do Paulistão, é muito real para a gente essa Sul-Americana, um título muito importante para a história do clube. A gente acredita no Brasileiro, estamos chegando devagar, mas a Sul-Americana a gente deseja muito, é o troféu que falta na galeria, é um jogo da vida, como a torcida diz. É entrar concentrado, dar o nosso melhor”, afirmou.

E o jogador exaltou a necessidade de a equipe corintiana evoluir em relação ao futebol apresentado no confronto de ida do mata-mata. “Em casa, era para ser um jogo mais pensado, um jogo mais de qualidade individual, e ficamos mais no contato. É ter a garra, mas jogar. O Corinthians tem que jogar, é o que a gente tem mostrado depois da Copa América. Temos que entrar focados, temos tudo para classificar”, disse o jogador, que foi contratado neste ano e que acumula 35 partidas e cinco gols pelo time.

Na primeira partida do mata-mata, o time corintiano foi surpreendido pelo esquema tático do Fluminense, que adotou duas linhas de quatro atletas mais recuados, jogou bem e sofreu pouco. No Maracanã, a equipe paulista terá de sair para atacar, postura que nem sempre executa com eficiência. Para Junior Urso, o time pecou pelo excesso de vontade na Arena Corinthians.

“Sobre o Fluminense, é um estilo de jogo que a gente não tinha enfrentado ainda, peças rodando, sem centroavante, Nenê rodando, foi uma coisa nova. O Carille nos passou o que poderia acontecer, mas o excesso de vontade nos atrapalhou de atacar, a gente perdeu tempo sendo forte na marcação e fazendo corrida boba, gastando energia sem sentido. É ser inteligente, ver o que acontece na partida para tomar as decisões. É jogo de inteligência”, destacou.