O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, participou na manhã desta sexta-feira, 24, de uma reunião com as presidentes dos Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, e com a Procuradoria Geral da República, Raquel Dodge, para debater sobre uma medida emergencial para resolver a crise do sistema prisional em Roraima.

Segundo Jungmann, foram desviados no Estado R$ 40 milhões destinados para a construção de uma unidade prisional, o que agravou a situação. “Chegou ao ponto que as facções não estão permitindo a identificação de presos para que eles vão às audiências. A Constituição está sendo descumprida”, disse.

O ministro descartou a possibilidade de uma intervenção no Estado, mas afirmou que essa é uma decisão que não depende dele. “Neste momento não estamos pensando nisso, mas quero dizer que a situação lá nos preocupa”, afirmou. “Estamos em busca de uma alternativa emergencial”, disse.

Segundo o ministro, o dinheiro foi destinado ao Fundo Nacional Penitenciário (FunPen) e o Ministério Público Federal (MPF) constatou o desvio do dinheiro e, por isso, fez o bloqueio. “Houve um desvio criminoso desse dinheiro”, disse.

Fronteira

Em relação à situação dos imigrantes na fronteira com a Venezuela, o ministro afirmou que o governo está conversando com os Estados para melhorar o “fluxo de saída” dos refugiados, que é atualmente bem menor do que o de entrada. Ele afirmou que as Forças Armadas estão à disposição do Estado, dependendo apenas da solicitação do governo local.

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