Julgamentos de manifestantes prosseguem esta semana em Cuba

Zoila Rodríguez Marzo mostra a foto de seu marido e filhos presos, em 10 de janeiro de 2022, em sua casa em Havana - AFP
Os julgamentos dos detidos nas manifestações de 11 de julho prosseguem nesta semana em Cuba, com nove menores de 20 anos enfrentando penas de 15 a 18 anos de prisão, segundo um grupo local que mantém um registro de casos.
“Eu me sinto muito mal, isso é muito feio”, disse Emilio Román à AFP por telefone, do lado de fora do tribunal de Havana onde dois de seus filhos, de 25 e 17 anos, eram julgados nesta segunda-feira.
Segundo o grupo 11J do Facebook, que acompanha os casos, esta semana 17 pessoas serão julgadas no Tribunal do Município de 10 de outubro, em Havana, e outras 28 em dois julgamentos sumários na província vizinha de Mayabeque.
Os filhos de Román são acusados de perturbação da ordem pública, atentado e propagação da Covid-19. A promotoria pede 20 anos de prisão para Yosney Emilio Román, 25, enquanto para seu irmão Emiyoslán, 17, pede 15 anos.
O Supremo Tribunal Popular realizou nesta segunda-feira uma cerimônia para analisar os “resultados e insatisfações” em 2021 do Judiciário, publicou a imprensa local. Seu presidente, Rubén Remigio Ferro, disse que a Justiça atuou em circunstâncias “muito complexas”, e que os órgãos judiciais julgaram aqueles que “cometeram atos de vandalismo, agressões violentas contra autoridades e funcionários e outros atos criminosos graves”, bem como aqueles que descumpriram as medidas contra a Covid.
Ferro apontou que as “fragilidades” do Poder Judiciário tiram “a credibilidade da atividade judicial e geram queixas e insatisfações justificadas entre a população”.
A ativista Carolina Barrero e dois outros dissidentes foram presos quando “manifestavam-se pacificamente” do lado de fora do mais alto tribunal “exigindo a libertação imediata dos presos políticos em Cuba”, informou no Twitter o grupo de reflexão política Arquipélago.
A autoridade judicial não informou o número de pessoas presas e processadas pelas manifestações que eclodiram em 11 de julho, que deixaram um morto e dezenas de feridos. De acordo com a ONG de defesa dos direitos humanos Cubalex, 1.355 pessoas foram presas, das quais 719 permanecem privadas de liberdade.
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