Filho de Samuel Klein, o fundador das Casas Bahia, Saul Klein, de 66 anos, terá de passar por uma perícia psicológica após decisão da Justiça de São Paulo.

A decisão foi proferida pela juíza Daniela Leal, em um processo movido por Philip Klein, filho do empresário, que solicitou a interdição do pai alegando que ele está dilapidando seu patrimônio de forma “acelerada” e “inconsequente”.

De acordo com o UOL, Philip alegou que Saul possuía uma fortuna de mais de R$ 1,5 bilhão. Mas que, para sua surpresa, o pai, que foi candidato a vice-prefeito em São Caetano do Sul, declarou à Justiça eleitoral possuir somente R$ 61 milhões.

“Isto sugere que ele gastou R$ 1,4 bilhão nos últimos anos”, disse Philip à Justiça. O filho afirmou que o pedido de interdição é uma medida necessária para evitar que o pai vá à ruína.

Philip revelou que Saul tem “jogado dinheiro fora”, “doando vultuosos valores” ao time de futebol de São Caetano. “Ele deve ser interditado como uma medida de proteção aos seus próprios interesses”, declarou. O pedido de interdição aconteceu no dia 28 de outubro.

Acusação de estupro

Neste mês, Saul foi acusado de aliciar e estuprar 14 mulheres em festas em sua casa, em Alphaville, desde 2008. A denúncia contra o herdeiro das Casas Bahia foi publicada pela Folha de S.Paulo, na semana passada.

Com o andamento das investigações, o Ministério Público de São Paulo solicitou que o empresário entregasse seu passaporte e proibiu ele de manter contato com as vítimas.

A defesa de Klein disse que ele não cometeu os crimes e que é vítima de um grupo organizado que se uniu com o objetivo de enriquecer ilicitamente às custas de Saul. A defesa ainda afirmou que o empresário é um sugar daddy, termo que descreve homens que gostam de sustentar mulheres jovens em troca de afeto e relações sexuais.

O caso está sendo investigado pelo Ministério Público e corre em segredo de Justiça.