Um juiz federal rejeitou, nesta quinta-feira, o pedido de liberdade condicional para Jeffrey Epstein e ordenou que o investidor acusado de tráfico sexual de menores continue detido.

Na audiência, o juiz Richard Berman estimou que o procurador tinha demostrado “o risco (que o acusado representa) para os outros e para a sociedade”, bem como o risco de fuga.

A defesa de Epstein estava disposta a pagar uma fiança de mais de 100 milhões de dólares para ele ser posto em liberdade condicional.

Os advogados do milionário de 66 anos propuseram que Epstein ficasse isolado em sua casa em Manhattan com um bracelete ou tornozeleira eletrônica e com câmeras de vídeo que registrariam seus movimentos.

“Dúvido que alguma fórmula possa neutralizar o risco para a sociedade”, disse o juiz, que marcou a próxima audiência para 31 de julho.

Ele acrescentou que o acusado possui um jatinho privado, que foi encontrado com 70 mil dólares em dinheiro, um falso passaporte austríaco e diamantes – o que confirmaria o risco de fuga.

Epstein foi acusado, em 8 de julho, de exploração sexual de menores e associação para delinquir para explorar sexualmente menores. Ele pode pegar pena de até 45 anos de prisão.

O investidor convidava menores para suas mansões, persuadia-as a fazerem massagens, que se tornavam cada vez mais eróticas, e “pagava às vítimas centenas de dólares em dinheiro”.

“Também pagava algumas de suas vítimas para recrutarem mais meninas para serem abusadas”, aponta a acusação.