13/09/2017 - 16:35
Em audiência de custódia na tarde desta quarta-feira, 13, o juiz João Batista Gonçalves, da 6.ª Vara Criminal Federal em São Paulo, manteve o decreto de prisão preventiva dos irmãos Joesley e Wesley Batista, da JBS. O juiz acolheu pedido da defesa e permitiu, com manifestação favorável do Ministério Público Federal, que os delatores da JBS permaneçam recolhidos na Custódia da PF, no bairro da Lapa.
Os executivos são alvo da Operação Acerto de Contas, nova etapa da Tendão de Aquiles, deflagrada nesta quarta, 13, por ordem de Gonçalves.
Wesley foi preso em sua residência na Rua das Antilhas, Jardim América, em São Paulo. Joesley já está preso em Brasília desde segunda-feira, 11, mas em regime temporário, em outra fonte de investigação, que a ele atribui violação do acordo de delação com a Procuradoria-Geral da República. O juiz federal Gonçalves decretou a preventiva de Joesley.
A Operação Acerto de Contas investiga ganhos milionários dos Batista por meio de especulações no mercado financeiro e com a moeda americana em meio às negociações para acordo de delação premiada.
Na audiência de custódia, a defesa dos empresários pediu reconsideração da ordem de prisão, mas o juiz não concordou. A defesa requereu, então, que Joesley e Wesley possam permanecer na Custódia da PF em São Paulo.
Os advogados alegaram risco à segurança pessoal dos irmãos delatores. Neste caso, a Procuradoria da República se manifestou favoravelmente e, então, João Batista Gonçalves acolheu o pedido da defesa.
Defesa
“É injusta, absurda e lamentável a prisão preventiva de alguém que sempre esteve à disposição da justiça, prestou depoimentos e apresentou todos os documentos requeridos. O Estado brasileiro usa de todos os meios para promover uma vingança contra aqueles que colaboraram com a Justiça”, disse o advogado Pierpaolo Bottini, que defende os irmãos Batista.