Juiz aceita parcialmente recurso do grupo Abril

O juiz da 2.ª Vara de Falência e Recuperações Judiciais do Tribunal de Justiça do Estado, Paulo Furtado de Oliveira Filho, aceitou parcialmente o pedido do grupo Abril – dono de revistas como Exame, Veja e Cláudia – para mudar a sentença judicial que homologou o plano da empresa. Na semana passada, o juiz havia aprovado o plano de recuperação do grupo, com ressalvas.

O plano aprovado pelos credores no fim de agosto proibia cobrança posterior ou medidas judiciais contra a empresa e os coobrigados e devedores solidários – que inclui a família Civita. Na homologação, o juiz retirou esse item do plano. Diante da decisão, a Abril recorreu e pediu que esse ponto fosse reconsiderado. Mas, segundo fontes ouvidas pelo jornal O Estado de S. Paulo, o juiz manteve seu posicionamento.

Em nota, o grupo Abril afirmou que as ressalvas implicavam vendas de bens sem uso e efeitos do plano sobre terceiros, que garantem dívidas da companhia. “Mas foram sanadas satisfatoriamente”, disse a empresa. Ela não informou, entretanto, se vai continuar recorrendo para garantir inteiramente o item sobre terceiros.

Um dos pilares do plano aprovado pelos credores da empresa é a venda da revista Exame. O BTG Pactual estaria interessado no ativo, que deverá ser vendido como uma unidade produtiva independente (UPI) em até quatro meses. A aprovação do plano veio um ano depois do pedido de recuperação, realizado em 15 de agosto do ano passado. Além da venda da revista de economia e negócios do grupo, a Abril também prevê outras duas vendas de ativos: uma em até 20 meses (a unidade produtiva denominada Marginal Tietê, que inclui o edifício onde funciona a companhia) e outra em até 36 meses (a UPI Campos do Jordão).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.