Aliado do vice-presidente Michel Temer, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) voltou a defender nesta quinta-feira, 14, agilidade de um eventual rito do impeachment da presidente Dilma Rousseff no Senado.

Jucá teme que a demora na análise do processo poderá “dar tempo” para o governo agir, além de provocar incertezas na economia. Nesse período, Temer ainda não terá poderes para governar, como fazer nomeações para a equipe econômica e apresentar propostas. Jucá defende que essa decisão ocorra em, no máximo, 15 dias.

“É muito importante que a decisão do Senado possa ser feita rapidamente. Não dá para termos uma falta de legitimidade de uma presidente da República que em tese já está afastada pela Câmara, faltando apenas o posicionamento do Senado. Não podemos ter um hiato muito grande nessa falta de comando ou nessa ausência de posicionamento mais legítimo de uma presidente”, declarou o peemedebista.

Segundo o cronograma do Senado, a votação do parecer do colegiado deverá ocorrer dia 11 de maio. Para Jucá, “o calendário é um balizamento da possibilidade de votação, é o prazo máximo”. “Acho que sem a pressa, cumprindo o regimento e os prazos mínimos, é muito importante que o Senado, que é a Casa da Federação, possa se posicionar no devido prazo entendendo a urgência a necessidade desse posicionamento”, disse.

Na noite desta quarta-feira, 13, em reunião com senadores do PT e de partidos aliados ao governo, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), reafirmou que não vai tomar qualquer atitude para acelerar o rito do impeachment na Casa, caso o pedido de abertura de processo contra a petista seja aprovado no domingo, 17, pela Câmara.