Três dias após a dura eliminação no Campeonato Carioca, diante do rival Vasco, o Flamengo escalou o zagueiro Juan para conceder entrevista coletiva no Ninho do Urubu nesta quarta-feira. E o experiente jogador saiu em defesa do companheiro de posição e capitão do time, Wallace, que foi um dos principais alvos de críticas da torcida depois da queda.

“O capitão é o Wallace e minha obrigação é apoiar, como ele apoiaria qualquer outro jogador nosso. Internamente ele mostra sua liderança pela pessoa que é e pelo profissional que é. Vou estar sempre ao lado dele, como estarei sempre ao lado de qualquer outro companheiro que estiver passando por um momento de dificuldade”, declarou Juan.

O zagueiro minimizou as críticas que acabaram corroendo a relação entre Wallace e a torcida nos últimos anos. “Na Copa do Brasil [quando o Flamengo foi campeão, em 2013] ele jogou muito e a torcida gostava dele. Na minha primeira passagem aqui eu vi isso de perto. Tinham jogadores que eram vaiados no primeiro minuto de jogo, mas que deram a volta por cima. Voltar a vencer é o mais importante de tudo, com as vitórias essas coisas são esquecidas”, afirmou.

Quanto ao momento vivido pelo Flamengo, Juan pediu tempo à torcida para que o time “coloque a cabeça no lugar”. “Agora é colocar a cabeça no lugar e pensar no trabalho que fizemos nesses quatro meses. Com certeza a gente tem que evoluir muito, porque vai começar o Campeonato Brasileiro, que é mais difícil do que Primeira Liga [que organiza a Copa Sul-Minas-Rio] e Carioca”, comentou.

O zagueiro pediu para o time superar rapidamente a decepção pela queda na semifinal e se concentrar nas demais competições. “Depois de perder temos que assimilar e aprender. Não podemos esquecer disso porque é um momento ruim, mas olhar para frente e trabalhar mais. Então temos que corrigir nossos erros, treinar forte durante a semana e continuar nossa preparação para o Brasileiro”, projetou.

Juan também foi questionado sobre a entrada dos jogadores em campo no domingo, em Manaus. Os atletas rubro-negros ignoraram as crianças, que esperavam por eles na saída do túnel, e entraram sozinhos em campo.

“Nossa intenção nunca foi prejudicar as crianças, acabar com seus sonhos. Todos do elenco já foram crianças, eu mesmo já entrei com o time em campo, sei como é importante. Provavelmente vamos jogar em Manaus de novo e terei o maior prazer de entrar com as crianças em campo”, disse o zagueiro.