Por Natalie Thomas e Barbara Lewis e Jonathan Shenfield

LONDRES (Reuters) – Sobrecarregados, tristes, com sentimento de culpa é como alguns jovens dizem se sentir quando pensam na mudança climática e nos temores de que os líderes mundiais não conseguirão enfrentá-la.

O sentimento denominado em geral como ansiedade climática é motivo de pesquisas crescentes para medir sua prevalência antes da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2021 (COP26) em Glasgow, que começa no final deste mês para decidir como colocar em vigor o Acordo de Paris de 2015 para conter a mudança climática.

Financiado pela Avaaz, uma rede de campanha virtual, e liderado pela Universidade de Bath, um dos maiores estudos até o momento entrevistou 10 mil pessoas de 16 a 25 anos em 10 países e publicou seus resultados em setembro.

Ele revelou que cerca de três quartos dos entrevistados consideram o futuro assustador, e a falta de ação dos governos e da indústria faz 45% sentirem ansiedade climática e angústia, que afetam suas vidas cotidianas e seu funcionamento.

Elouise Mayall, uma estudante de ecologia da britânica Universidade de Ânglia Oriental e membro da Coalizão dos Jovens pelo Clima do Reino Unido, disse à Reuters que se sente culpada e sobrecarregada.

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“O que me restaria seria, talvez, uma sensação de vergonha, do tipo ‘como você ainda ousa querer coisas adoráveis quando o mundo está acabando e você nem sabe se terá um mundo seguro no qual envelhecer?'”.

Radicado em Londres, o psiquiatra Alastair Santhouse vê a mudança climática e a Covid-19 possivelmente aumentando este fardo, especialmente para os predispostos à ansiedade.

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