Seis marcas jovens abriram nesta segunda-feira, com apresentações digitais, a Semana de Moda de Paris, na véspera do desfile da Dior, primeira grande apresentação da era Covid na capital francesa.

Das seis marcas, quatro estrearam no calendário oficial, que vai até 6 de outubro, com um total de 84 desfiles ou apresentações, a maioria em formato digital, embora algumas grandes marcas tenham optado pelo desfile presencial, com público reduzido e, principalmente, local.

A Situationist apresentou um vídeo em que homens e mulheres passeiam pelas ruas da antiga república soviética da Geórgia com peças estruturadas, que contrastam com o estilo da população. Irakli Rusadze, que deseja seguir os passos de seu compatriota famoso, Demna Gvasalia, diretor artístico da Balenciaga, é um defensor ferrenho da comunidade LGTB naquele país, marcado pela tradição patriarcal.

A proposta da londrina Wales Bonner, que combina cultura negra e tradição britânica, foi filmada na Jamaica, de onde seu pai é oriundo. Inspirando-se nos anos 1970 e em Bob Marley, a estilista apresentou uma coleção esportiva, como as camisas longas, que se confundiam com as paisagens paradisíacas daquela ilha.

A dinamarquesa Cecilie Bahnsen, ex-colaboradora de John Galliano, com quem aprendeu a apostar no romantismo, filmou em Jutland, costa oeste de seu país, onde jovens passeavam com vestidos leves, brancos ou pretos.

Após uma semana de moda excluisivamente digital em julho, esta séra “fisigital”, ou seja, com apresentações presenciais e virtuais para lançar as coleções da temporada primavera/verão. As grandes casas, como Dior, Chanel e Louis Vuitton, tentarão recriar a magia dos desfiles parisienses com decorações idílicas e um público internacional glamoroso, apesar das restrições sanitárias.