Familiares de Rafaele de Almeida Santos, de 19 anos, denunciam que a jovem sofreu uma reação alérgica ao tomar uma medicação enquanto fazia tratamento de um cisto no hospital. O caso aconteceu em Praia Grande, no litoral de São Paulo.

Em uma conversa com o G1, Osvaldete Lopes de Almeida Santos, de 39 anos, mãe da menina, contou que Rafaele foi internada para tratar do cisto no dia 5 de fevereiro. Após o início da administração de antibióticos para a jovem, manchas começaram a surgir pelo corpo dela.

Osvaldete afirmou que, mesmo alertando a equipe médica sobre a reação alérgica, a medicação continuou sendo prescrita. A jovem teve alta no dia 9 de fevereiro apesar da situação e, pouco tempo depois, as manchas começaram a se espalhar e aparecer ainda mais.

“Terça-feira (9) à noite começou a aumentar. Quando foi na quarta-feira (10) estourou tudo, quando olhei estava roxo. Ficou horrível e ela não conseguia andar”, disse a mãe. Rafaele é portadora de uma síndrome e tem uma das pernas amputadas, dependendo de uma prótese para andar. Com o inchaço causado pela alergia, ela não consegue colocar a prótese e se locomover.

Com o aumento das manchas, Osvaldete decidiu procurar uma médica particular para avaliar a situação da pele da filha. “A médica falou que foi medicamento mesmo, que foi intoxicação e que poderia ter matado ela”, afirmou.

Na última quinta-feira (11), a jovem voltou a ser internada no mesmo hospital para fazer o tratamento. Apesar de ser medicada, a mãe ressalta que não há respostas sobre o estado da filha e se as manchas vão desaparecer. “Como o médico liberou ela nessa situação? Quem vai arcar com as despesas da perna dela?”, perguntou.

A reportagem do G1 procurou a direção do Hospital Irmã Dulce, onde Rafaele recebeu a medicação que lhe causou alergia. Por meio de comunicado, a unidade de saúde esclareceu que prestou toda a assistência necessária ao caso da paciente.

“Após reagir positivamente ao tratamento, recebeu alta para continuidade de seu tratamento em casa, sem apresentar, até então, qualquer reação alérgica aos medicamentos ofertados”, dizia um trecho da nota.