Uma mulher de 21 anos foi internada em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Santa Casa de Santos, no litoral de São Paulo, após um incêndio que queimou mais de 80% de seu corpo. A Polícia Civil investiga o ocorrido como um possível ato criminoso executado pelo namorado da jovem, de 26 anos. As informações são do G1.

De acordo com informações de testemunhas, Bruna Jenifer Cirilo morava há cerca de quatro meses na cidade litorânea de Itanhaém, para onde se mudou com um antigo namorado, sem saber que ele tinha envolvimento com o tráfico de drogas. O rapaz acabou sendo preso dias após a mudança e, pouco tempo depois, Bruna se envolveu com o suspeito do crime.

Segundo a polícia, uma tatuagem que a jovem tinha no peito, com o nome do ex-namorado preso, poderia ter motivado a agressão.

Um boletim de ocorrência, registrado no 1º Distrito Policial de Itanhaém, indica que o casal já havia se desentendido pelo fato de Bruna manter contato com o ex-namorado pelo WhatsApp, apesar de o rapaz permanecer encarcerado.

Equipes da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros encontraram a casa de madeira, em que viviam a jovem e o namorado, já queimada, e Bruna ainda em chamas, na calçada, sendo acudida pelo companheiro e vizinhos. De acordo com o G1, um bombeiro teria tentado socorrê-la, mas foi agredido pelo rapaz, que foi detido.

Bruna teve mais de 80% do corpo queimado, perdeu um dos seios e corre o risco de ter um braço amputado.

Segundo a polícia, o rapaz foi detido e acabou sendo liberado em seguida. Em depoimento à Polícia Civil, ele negou ser o autor do crime, e alegou que, no dia, Bruna estava deitada com uma manta térmica, quando tentou acender um cigarro perto de um galão com gasolina guardado na moradia, e houve a combustão. O fogo teria se propagado para a manta.

“O rapaz, segundo a família, faz uso de medicação controlada. Ele nos disse que a gasolina, que teria causado a explosão, seria para abastecer uma moto que ele guardava na casa. Porém, foi constatado que o veículo não possuía a menor possibilidade de funcionar”, explica o delegado Jaime Marcelo da Fonte, que registrou o caso.

Um inquérito foi instaurado para apurar o real motivo do incêndio.