Preso acusado de matar a japonesa Hitomi Akamatsu, de 43 anos, em Abadiânia (DF), Rafael Lima da Costa, de 18 anos, possui duas acusações de estupro ocorridas quando ainda era menor de idade. As informações são do G1.

Conforme a polícia, o primeiro ato infracional foi registrado em 3 de setembro de 2017. Na ocasião, com 15 anos e armado com uma faca, ele abordou uma mulher, de 28, a levou a uma mata e cometeu o crime.

Já em 29 de novembro de 2018, conforme outra ocorrência, uma garota de 16 anos informou que havia acabado de sair da escola quando foi abordada pelo suspeito. Ele teria perguntado a ela se conhecia uma pessoa e, em seguida, ela foi imobilizada e arrastada para um matagal.

Ele a obrigou a tirar a roupa, a estuprou e a ameaçou de morte caso gritasse. No boletim de ocorrência do caso, a menina relatou aos policiais que “implorou para não morrer”. Antes de ir embora, o homem ainda roubou o celular da menina e R$ 5 que a vítima tinha no bolso.

A Polícia Civil informou ao G1 que não poderia dar mais detalhes sobre as investigações por os casos correrem em segredo de Justiça.

Morte da japonesa

Ainda de acordo com a polícia, Rafael confessou ter matado Hitomi após tentar assaltá-la no último dia 10. Em depoimento, ele contou que decidiu sair para roubar após oito homens lhe cobraram uma dívida de droga no valor de R$ 670.

Segundo o relato do homem, ele viu que a vítima estava tomando banho de cachoeira e havia deixado os pertences de lado. O jovem revistou os itens, mas não encontrou nada de valor.

No depoimento à Justiça, Rafael afirmou ainda que matou a japonesa enforcada usando uma camiseta para que ela não o denunciasse. Ele relatou que esperou por cinco minutos para confirmar que ela tinha morrido e jogou o corpo em uma vala de enxurrada, cobrindo com pedras.

Na segunda-feira (16), o corpo de Hitomi foi encontrado no terreno que fica dentro da entidade fundada por João de Deus. A japonesa estava há dois anos na Casa Dom Inácio de Loyola fazendo tratamento espiritual.

Até o momento, o corpo dela segue no Instituto Médico Legal (IML) de Anápolis, a 40 km de Abadiânia.