O jovem Walyson David Oliveira da Silva, de 20 anos, que está preso temporariamente por suspeita de envolvimento na morte de uma diretora e de uma professora, em 24 de maio, na zona leste de São Paulo, diz que estava dormindo na casa da namorada na hora do crime. As informações são do R7.

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A diretora Jéssica Lopes Frazão e a professora Marli Gomes de Lima foram mortas a tiros quando o carro em que estavam foi abordado por criminosos e alvejado por diversos tiros. Uma cozinheira que também estava no veículo não ficou ferida.

A sobrevivente contou à Polícia Militar que três homens armados com fuzis atiraram contra o automóvel. Ela conseguiu se abaixar a tempo e escapar dos tiros. Segundo a PM, o trio teria confundido o carro das mulheres com o de um comerciante de uma rede de postos da região, que estaria com um alto valor em dinheiro no veículo. O intuito dos criminosos seria assaltá-lo.

Segundo a família de Walyson, o rapaz teria dormido na casa da namorada na noite anterior ao crime, que aconteceu por volta das 7h, e teria saído da casa dela apenas após o almoço, por volta de 14h45.

A namorada de Walyson, que é adolescente e não se identificou, disse que câmeras de segurança de uma casa vizinha a dela gravaram a saída dele de sua casa.

No dia 15 de junho, o jovem foi preso pela Polícia Civil junto com outro suspeito. De acordo com seu advogado, Luiz Guilherme Domiciano dos Santos, a polícia chegou até Walyson após a vítima tê-lo reconhecido por uma foto.

“Não temos acesso ao processo. Já entramos com dois habeas corpus e um mandado de segurança. Esse reconhecimento de vítima é genérico, não é efetivo. O delegado disse que ela não teria condições de identificá-lo”, disse Domiciano dos Santos.

O advogado do rapaz diz que sua prisão é um equívoco por parte da investigação e que ele é acusado pelo fato de morar em uma comunidade.

“Estamos de mãos atadas. Ele é uma pessoa idônea, não tem passagem criminal. É um equívoco por parte da investigação. Walyson nunca teve envolvimento com o crime. É um jovem periférico e pobre. O estigma que o sistema gosta. É acusado pelo fato de morar numa comunidade”, diz o advogado.

Ainda de acordo com o R7, o outro suspeito preso pelo crime não é conhecido da família e nem de Walyson. De acordo com o advogado, são pessoas desconexas.