ROMA, 09 MAI (ANSA) – Após quase um ano e meio de cativeiro, a voluntária italiana Silvia Romano, que havia sido sequestrada em novembro de 2018, no Quênia, foi libertada na vizinha Somália.   

O anúncio foi feito neste sábado (9) pelo primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, com uma mensagem no Twitter. “Silvia Romano foi libertada! Agradeço às mulheres e aos homens de nossos serviços de inteligência. Silvia, te esperamos na Itália!”, escreveu.   

A operação que resgatou Romano, 24 anos, foi conduzida pela Agência de Informação e Segurança Externa (Aise), órgão de inteligência do Estado italiano, em parceria com forças turcas e somalis, na madrugada deste sábado.   

A jovem se encontra agora em um quartel de tropas internacionais em Mogadíscio, capital da Somália. “Fui forte e resisti. Estou bem e não vejo a hora de voltar à Itália”, disse Romano.   

Procurado pela ANSA, o pai da voluntária, Enzo Romano, afirmou que não conseguia acreditar na notícia.   

“A felicidade é tão grande que chega a explodir. Nada mais me interessa, só quero abraçar minha filha depois de 17 meses”, declarou. O avião com a jovem deve aterrissar no Aeroporto de Ciampino, em Roma, às 14h (horário local) deste domingo (10).   

Ainda em quarentena pela pandemia do novo coronavírus, os vizinhos de Romano em Milão celebraram o resgate cantando de suas varandas uma canção da banda italiana de pop rock 883.   

A jovem é voluntária da ONG Africa Milele e havia sido raptada em 20 de novembro de 2018, quando um comando armado invadiu o vilarejo de Chakama, no litoral do Quênia. Nenhum grupo reivindicou o sequestro, mas a principal suspeita sempre recaiu sobre terroristas somalis.   

“A notícia da libertação de Silvia Romano é motivo de grande alegria para todos os italianos. Envio uma saudação de afetuosa solidariedade a Silvia e seus familiares, que sofreram meses de angústia”, disse o presidente Sergio Mattarella. (ANSA)