Dois adolescentes, alunos do 1º ano do ensino médio, foram feridos por disparos de garrucha em uma escola pública no Vale do Jequitinhonha no interior de Minas Gerais. O episódio ocorreu hoje (7), no início da manhã, na Escola Estadual Orlando Tavares, que funciona distrito de Ponto do Marambaia, pertencente ao município de Caraí, no nordeste no estado.

Conforme relato do cabo Carvalho, da 232ª Companhia do 19º Batalhão da Polícia Militar, um dos adolescentes foi atingido no pescoço e outro sofreu “lesão leve na mão”. O disparo teria sido feito por um jovem de 17 anos, aluno do 2º ano do ensino médio, através de uma fresta da porta da sala de aula onde estavam os jovens, no momento que professores tentavam fechar a porta.

A arma usada pertencia ao padrasto do autor do disparo. O jovem foi apreendido e o padrasto, de 80 anos, está preso na 232ª Companhia. A arma do crime tinha cano duplo e calibre 38. Além dessa arma, o jovem portava um facão. Na casa do adolescente apreendido também foi encontrada uma espingarda. Segundo a PM, nenhuma das armas tinha registro para posse legal.

Os jovens feridos foram encaminhados ao Hospital Nossa Senhora Mãe da Igreja, na cidade Padre Paraíso, a cerca de 15 quilômetros do distrito. Nota assinada pelo presidente do hospital, Marcos Vinicius Alves Luiz, informa que um dos adolescentes feridos “recebeu transfusão sanguínea e permanece estável aguardando transferência para unidade de saúde avançada em Teófilo Otoni”.

O presidente do hospital também afirma que as vítimas e os familiares receberam suporte de serviços de assistência social e atendimento psicológico “de forma imediata”.

Motivo

Segundo informado pela Polícia Militar, a causa motivadora do comportamento do adolescente que efetuou o disparo teria sido a não aceitação do término de namoro com uma estudante da mesma escola. Antes de atingir o colega, o adolescente tentou provocar incêndio com gasolina que levou até a escola.

Em nota divulgada pela Secretaria de Educação, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, lamentou o episódio. “Recebi com muita tristeza a notícia de que dois jovens alunos ficaram feridos após um estudante invadir a escola (…) e atirar contra seus próprios colegas. Uma tragédia maior só não ocorreu graças ao trabalho e ação dos professores e alunos da escola”

Na nota, Zema ainda descreve que determinou “que seja prestado todo o apoio à instituição de ensino, às famílias das vítimas, aos estudantes, pais, professores, demais funcionários e toda comunidade escolar.  Representantes da Superintendência Regional de Ensino de Teófilo Otoni estão na escola e também dão todo o suporte aos estudantes no hospital”.