MACERATA, 03 MAI (ANSA) – A jovem Pamela Mastropietro, encontrada desmembrada em duas malas em Pollenza, na Itália, foi estuprada antes de ser assassinada.   

Segundo a Procuradoria de Macerata, ela foi violentada pelo traficante nigeriano Innocent Oseghale e estava sob condições físicas “reduzidas” pelo consumo de heroína quando o abuso ocorreu.   

A acusação descartou que Pamela tivesse uma relação consentida com Oseghale, pelo “cuidado maníaco” que ele teve em eliminar os rastros da violência sexual, através da limpeza com água sanitária e da remoção dos órgãos genitais da jovem.   

A hipótese contradiz a tese anterior de que Pamela e Innocent estavam em um clima “amigável” até o momento em que ela alegou um mal-estar, gerando pânico no nigeriano, que acabou assassinando-a.   

O procurador Giovanni Giorgio solicitou e obteve uma medida cautelar de prisão por “homicídio” para Oseghale. Suas acusações iniciais eram somente de “ocultação, profanação e destruição de cadáver”. O nigeriano já tinha passagem pela polícia por tráfico de drogas.   

Dois compatriotas de Oseghale também estão sendo investigados: Lucky Awelima e Desmond Lucky. “No dia 30 de janeiro [data em que os delitos ocorreram], Innocent me telefonou e perguntou se eu queria estuprar uma mulher que estava dormindo”, revelou Awelima em uma ligação com Lucky, interceptada pelos investigadores.   

Awelima negou o pedido, mas, em outra conversa, veio à tona que Pamela havia sido estuprada mesmo assim. A jovem foi encontrada desmembrada em duas malas em uma fossa em Pollenza. Ela tinha acabado de sair de uma clínica de reabilitação.   

Sua morte gerou polêmica e motivou um atentado contra imigrantes negros pelo neofascista Luca Traini, italiano que havia sido candidato pela Liga Norte em eleições municipais. (ANSA)