10/01/2024 - 10:00
Miguel Ângelo está chamando atenção na novela “A Infância de Romeu e Julieta”. O ator mirim interpreta Romeu Monteiro, filho de Vera (Bianca Rinaldi) e Bernardo (Fábio Ventura), morador do luxuoso condomínio Residencial Verona, construído por seu avô, Leandro Monteiro, no lado Torre do bairro Castanheira. A trama de Íris Abravanel, inspirada na obra de William Shakespeare, e dirigida por Ricardo Mantoanelli, é exibida pelo SBT/Amazon.
Nascido na Cidade de Deus, uma favela da periferia do Rio de Janeiro, Miguel Ângelo precisou se mudar para São Paulo, junto com a mãe, Vânia Regina da Silva, para viver seu primeiro protagonista na TV aberta. E apesar de só ter 12 anos, o ator sabe da responsabilidade que carrega e da inspiração que representa para outras crianças negras que não tiveram a mesma oportunidade. “Eu me sinto muito honrado em poder mostrar que podemos ser o que quisermos, mas entendendo que não é fácil realizar os nossos projetos e sonhos”, diz.
Romeu é um personagem que adora esportes e é aventureiro. Características também de seu intérprete. Outra identificação entre ator e personagem é o fato de que ambos não têm medo de nada e vão à luta para conquistar seus objetivos. Para a preparação do personagem, Miguel Ângelo precisou fazer aulas de tênis, um esporte de elite que ele nunca pensou em aprender. O ator é mais ligado a futebol e basquete que é seu esporte preferido.
Quem pensa que o ator está estreando no mundo das artes, está completamente enganado. Sua carreira começou em 2014, quando participou da série “O Caçador”, dirigida por José Alvarenga Jr e Heitor Dhalia, disponível na HBO Max. Em 2018, Miguel Ângelo fez uma participação no curta “O Nosso Legado”, exibido pela ONU (Organização das Nações Unidas) em Nova York. Também atuou em “Barba, Cabelo e Bigode”, longa da Netflix, de 2022, dirigido por Rodrigo França e Leticia Prisco. E na série da Netflix, “Candelária”, com direção de Luis Lomenha e Marcia Faria, ainda inédita. No teatro, ele atuou no infantil “O Mágico de OZ” e na peça “O Amor Como Revolução”, adaptação do livro homônimo do pastor Henrique Vieira, dirigida por Rodrigo França e coproduzida por Lázaro Ramos.
Miguel ainda participou de outros curtas-metragens e clipes musicais como “Mais Jovem, Mais bela, Mais Linda”, de Thiago Martins, e “Eu precisava Voltar com a Folhinha” e “Dai a Cesar o que é de Cesar”, ambas de César Mc. Ele também esteve em “Proteja os Seus Sonhos’, álbum de Conceição Evaristo, com projeto colaborativo entre a plataforma de cultura negra AUR, o produtor Theo Zagrae, o Laboratório Musical MangoLab e a Som Livre.
Este ano Miguel Ângelo ganhou o Prêmio Jovem Brasileiro, na categoria Jovem do Futuro, e venceu o 1º Prêmio ArteBlitz de Novela, na votação popular, como Melhor Ator Revelação, categoria em que foi a única criança indicada. Ele também foi um dos finalistas, na categoria Melhor Ator Mirim ou em Papel Adolescente, no Prêmio Noticiasdetv.com.