O começo do sofrimento para Alexandre Borges ocorreu após acidente de moto na Praia Grande, litoral paulista. Com diversas fraturas, o controlador de acesso precisou passar por mais de 12 cirurgias nos três meses que ficou internado no Hospital Irmã Dulce. As informações são do G1.

Durante a recuperação, Borges foi infectado por uma bactérias severa, o que causou a amputação da sua perna direita. Agora, o jovem busca ajuda para poder pagar a prótese que está utilizando.

Arquivo pessoal

O acidente

Alexandre colidiu com a traseira de um carro em 29 de maio de 2020. Na ocasião, o controlador de acesso fraturou o fêmur, a tíbia e a fíbula.

“Fui socorrido e encaminhado para o hospital. De imediato, fiz uma ponte de safena, porque o pé já não estava mais recebendo sangue. Depois, ainda coloquei uma haste no fêmur e um fixador externo na tíbia e fíbula”, relatou ao G1.

O morador da baixada disse que em meio à recuperação, a perna começou a apresentar manchas pretas e escuras.

“Essa ferida começou a corroer minha perna, e fomos fazendo exames. Descobrimos que eu tinha pego uma bactéria. Fui tendo que fazer raspagens. Tentaram de todas as formas, só que ela acabou se alojando no meu osso, foi aí que eles indicaram a amputação”, explica.

“Porém, teve negligência, já que os enfermeiros iam fazer curativos sem luva, levavam bandejas de outros pacientes para fazer um novo curativo, sabendo que eu já estava com a bactéria severa. Os antibióticos acabavam tendo atraso, fazendo com que quebrasse o ciclo, que era justamente para matar a bactéria. Isso tudo acabou agravando mais minha situação”, complementa.

Transferência de unidade

Como o quadro foi piorando, Alexandre decidiu procurar outras opções para evitar a amputação, o que não foi possível.

“Fui encaminhado ao Hospital de Guarujá para colocar uma gaiola, com o objetivo de fazer os ossos crescerem. Foram seis meses de tratamento, mas não deu certo, e por isso tive que amputar a perna direita”, lamentou.

Para piorar, a esposa de Alexandra estava grávida na época. “Até conseguir assimilar tudo, foi bem complicado. Hoje em dia, vem caminhando tudo bem, estou voltando à minha rotina, fazendo exercícios, voltei a trabalhar, e estou me adaptando à prótese. Estou bem para cuidar da minha filha e esposa, que é o mais importante. Mas, ainda preciso conseguir pagar a minha prótese”, conta Alexandre.

Agora, o controlador de acesso busca pagar o a prótese que ele já usa. Alexandre e familiares buscam ajuda para arrecadar o dinheiro necessário para custear o equipamento. Além disso, o jovem disse que entrou com um processo contra o hospital.

Em nota, a direção do Hospital Municipal Irmã Dulce esclareceu ao g1 que o paciente em questão recebeu toda a assistência disponível na unidade na ocasião de seu atendimento, porém, não pode fornecer mais detalhes sobre o caso, tendo em vista que a questão encontra-se judicializada. Assim, todos os esclarecimentos necessários serão oferecidos nas devidas instâncias.