Um laudo do Instituto Médico Legal (IML) apontou que Juliana Ferraz do Nascimento, de 23 anos, morta no banheiro da própria casa, morreu por estrangulamento e tentou se defender do crime.

Rogério Botelho, de 23 anos, era companheiro da vítima e foi preso enquanto assinava os documentos de óbito, no velório de Juliana, em Jundiaí, São Paulo, no dia 6 de dezembro. De acordo com a Polícia Civil, o homem é suspeito de assassinar a jovem ao tentar forjar uma queda acidental e a trancar no banheiro.

Segundo o irmão da vítima, Rogério e Juliana tinham um relacionamento de quase cinco anos, e começaram a morar juntos havia cerca de um ano. O rapaz também contou que, por volta das 4h20 do dia do crime, o cunhado apareceu na residência dele gritando e dizendo que “a casa estava alagada e Juliana estava no banheiro”.

Na sequência, os dois voltaram para a casa da vítima e o marido estourou a porta do banheiro sozinho. Em seguida, ele tentou supostamente reanimá-la. O irmão estranhou que havia um machucado no rosto e pelo corpo de Juliana, que já apresentava rigidez e palidez.

A delegada Renata Ono, que fez a prisão com os policiais civis Omar Machado Júnior, Miria Menegasso e Alan Pieve, falou sobre o momento em que abordaram Rogério. “O pegamos quando ele organizava a declaração para a liberação do corpo. Parece que sabia que ia ser preso, não falou nada, não disse que era inocente e naquele momento, no fundo, sabia da prisão. Não derrubou uma lágrima. Estava frio”, revelou ela.
O acusado foi autuado por feminicídio e fraude processual.