O uso da Inteligência Artificial (IA) no jornalismo para escrever reportagens ou outros tipos de tarefas é percebido tanto como uma ameça como uma oportunidade, segundo um estudo publicado nesta quarta-feira(20).

O estudo foi elaborado através de uma pesquisa, realizada entre abril e junho, com membros de mais de 100 veículos de 46 países. Faz parte do projeto JournalismAI, da London School of Economics e apoiado por Google News.

Até 73% dos entrevistados consideram que ferramentas como ChatGPT o Google Bard, capazes de gerar textos, representam “uma nova oportunidade para o jornalista de melhorar sua eficácia, produtividade e criatividade”. 85% deles asseguraram ter utilizado este tipo de programas para escrever resumos e títulos.

Os entrevistados para o estudo destacaram que estes tipos de ferramentas podem agilizar tarefas mecânicas, como transcrever entrevistas.

Porém, 60% também expressaram preocupação com as implicações éticas da IA, a qualidade editorial, a precisão, o equilíbrio e a transparência.

“O jornalismo no mundo está passando por um novo período de mudanças tecnológicas tão impressionantes quanto assustadoras”, afirmou em nota Charlie Becket, coautor do estudo e diretor do projeto.

A IA, segundo Becket, é ao mesmo tempo “uma ameaça potencial para a integridade da informação e os meios”, mas também “uma oportunidade incrível para que o jornalismo seja mais eficaz e digno de confiança”.

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