LONDRES (Reuters) – A jornalista da televisão russa Marina Ovsyannikova, famosa por se manifestar no ar contra a guerra da Rússia na Ucrânia, foi colocada na lista de procurados de Moscou depois de supostamente escapar de prisão domiciliar pré-julgamento.
Ovsyannikova, de 44 anos, recebeu dois meses de prisão domiciliar em agosto e pode pegar até 10 anos de prisão se for considerada culpada de espalhar notícias falsas sobre as Forças Armadas da Rússia.
O caso está relacionado a um protesto em julho, quando ela estava na margem de um rio em frente ao Kremlin e segurou um cartaz chamando o presidente Vladimir Putin de assassino e seus soldados de fascistas.
A agência de notícias estatal Russia Today informou no sábado que ela havia escapado e seu paradeiro é desconhecido.
“Na noite passada, minha ex-mulher deixou o local que o tribunal a designou para prisão domiciliar e, junto com minha filha de 11 anos, fugiu em direção desconhecida”, disse o ex-marido, de acordo com a agência.
Nesta segunda-feira, seu nome pôde ser visto na lista online de fugitivos da justiça do Ministério do Interior, acompanhado de uma foto.
A Rússia aprovou uma lei contra o descrédito das Forças Armadas em 4 de março, oito dias depois de invadir a Ucrânia.
O país diz que o que chama de “operação militar especial” foi necessária para evitar que a Ucrânia se torne uma plataforma para agressão ocidental e para defender os falantes de russo.
(Reportagem de Caleb Davis)