30/08/2021 - 18:00
ROMA, 30 AGO (ANSA) – Um jornalista italiano foi agredido durante uma manifestação organizada em frente ao Ministério da Educação, em Roma, contra a obrigatoriedade do uso do passaporte sanitário de Covid-19 nas escolas.
Trata-se de Francesco Giovannetti, videojornalista do “La Repubblica”, que sofreu um ferimento na cabeça e foi ameaçado de morte. O agressor, cuja identidade não foi revelada, foi localizado pela polícia e levado para a delegacia local, enquanto que Giovannetti está hospitalizado.
“Poucos minutos antes do início formal do protesto, um homem me bateu no rosto com quatro ou cinco socos no rosto depois de me ameaçar, imitando o gesto de massacrar minha garganta e me disse: ‘Vou cortar sua garganta se você não sair'”, contou o repórter.
Paralelamente, o especialista em doenças infecciosas de San Martino, Matteo Bassetti, foi perseguido e ameaçado por um homem de 46 anos. O agressor, identificado e denunciado pela polícia por graves ameaças, encontrou o médico na rua e começou a gritar “Vai matar todos com estas vacinas e faremos com que pague”.
“Peço a proteção do Estado contra as pessoas que ameaçam, gostaria que o Estado punisse essas pessoas. Não quero escoltas, quero que o Estado castigue as pessoas que ameaçam”, disse Bassetti à ANSA. “Sou ameaçado desde dezembro, desde que saiu a vacina: primeiro cartas anônimas, depois ameaças por telefone na clínica”.
Diversas autoridades italianas, incluindo o ex-primeiro-ministro Giuseppe Conte, lamentaram os episódios. “As cenas de violência e ataques ao mirante do Movimento 5 Estrelas em Milão, bem como a médicos, jornalistas e diversos operadores de mafiosos No Vax, exigem uma resposta forte e compacta de todos os políticos, sociais e forças culturais do país”, afirmou o ex-premiê. “Todos devemos responder com firmeza e sem ambiguidade a esta escalada de impulsos anticientíficos”. (ANSA)