16/08/2023 - 13:11
A jornalista Danielle Zampollo passou por momentos de tensão recentemente, enquanto fazia uma reportagem para o programa ‘Profissão Repórter‘, da TV Globo. Danielle visitou à comunidade Prainha, no Guarujá, para apurar informações sobre as 16 mortes registradas na ‘Operação Escudo’, quando ficou sob a mira de um fuzil.
“Eu fui para a comunidade da Prainha para apurar as informações sobre as mortes ocorridas na Operação Escudo. Eu tinha acabado de chegar lá e estava com meu celular, pois havia deixado a câmera no carro. Mas só fui para apurar mesmo e checar informações”, iniciou a jornalista.
“Ao chegar uma viatura, eu me apresento e pergunto o trabalho que eles foram realizar no local, mas o policial não me respondeu. Para não perder tempo, eu levantei o celular e comecei a registrar a entrada dos agentes na comunidade. De novo, eu me apresentei como jornalista, mas o policial começou a apontar o fuzil”, completou.
REPÓRTER NA MIRA | O #ProfissãoRepórter desta terça (15) fala de letalidade policial. A repórter Danielle Zampollo foi à comunidade Prainha, no Guarujá, apurar informações sobre as 16 mortes da Operação Escudo. Um policial apontou um fuzil para a jornalista durante a reportagem. pic.twitter.com/OwHqZ3SB8x
— Profissão Repórter (@profreporter) August 16, 2023
Na sequência, Danielle afirma que não teve dúvidas de que estava na mira, ao se dar conta de que não havia outra pessoa no local, além dela e do policial: “Como ele manteve a arma apontada pra mim, eu estranhei e achei que estivesse acontecendo alguma coisa. Eu olhei para trás e não tinha ninguém. Só tinha eu, numa viela estreita. Daí eu vi que o negócio era mesmo comigo. Ele ficou 17 segundos, sem parar, apontando o fuzil para mim”.
Chocada com a ação do agente, a jornalista relata que agiu rapidamente na tentativa de conseguir sair daquela situação: “Com isso, eu decidi me proteger e pedi a um senhor para ficar na frente da casa dele para sair da mira do policial”.
Por fim, Danielle diz que o clima no local ficou ainda pior, já que o agente da polícia teve mais uma atitude surpreendente: “Daí, esse mesmo policial que estava apontando a arma para mim, decidiu me filmar. Ele pegou o celular dele e fez um vídeo”.
“Esse vídeo, inclusive, acabou viralizando nas redes sociais com a acusação de que eu estaria ali de tocaia para flagrar alguma irregularidade da polícia”, concluiu a repórter.
A reportagem entrou em contato com a polícia militar para falar sobre o caso, mas ainda não obteve resposta.