FLORENÇA, 3 DEZ (ANSA) – A jornalista italiana Greta Beccaglia, alvo de assédio sexual ao vivo após uma partida da Série A, revelou nesta sexta-feira (3) que recebeu mensagens com ofensas e até ameaças.   

Beccaglia, repórter da emissora regional Toscana TV, fazia um pós-jogo no último sábado (27) e tentava ouvir torcedores da Fiorentina sobre a derrota por 2 a 1 para o Empoli.   

No entanto, um deles caminhou por trás da jornalista e passou a mão em suas nádegas. O agressor, um homem casado de 45 anos chamado Andrea Serrani, foi banido dos estádios por três anos e está sendo investigado por violência sexual.   

Em coletiva de imprensa nesta sexta, Beccaglia disse que quer apenas “voltar à normalidade”, mas reclamou de mensagens intimidadoras. “Tenho recebido mensagens muito tristes, com palavrões e até ameaças. Eu não fiz nada de errado, apenas denunciei aquilo que todos viram, eu estava trabalhando normalmente”, afirmou a jornalista.   

Além disso, acrescentou que quer ser vista como a “garota que alcançou seu objetivo por seu profissionalismo, e não por aquilo que ocorreu”. Beccaglia também defendeu o âncora Giorgio Micheletti, acusado de ter sido conivente com o assédio por ter pedido para a repórter “não ficar brava”.   

“Ele é como um pai no trabalho para mim. Tentou me defender, mas pode ter errado a palavra. O vídeo que viralizou dura 20 segundos, mas, na verdade, aquele não editado tem vários minutos”, afirmou.   

Além de Serrani, outro homem, este de 48 anos, foi banido dos estádios por dois anos porque também tentou um “contato físico” com a jornalista enquanto ela trabalhava. (ANSA).