O senador Jorge Kajuru (Podemos) foi condenado pela Justiça de São Paulo a indenizar em R$ 55 mil o jornalista Boris Casoy. Em junho de 2013, o parlamentar postou nas redes sociais ofensas ao jornalista. “Boris Casoy, eu prefiro ser um pobre coitado do que ser um rico elitista, racista, fascista e pedófilo, porque isso é crime”, escreveu. As informações são do Uol.

Para o juiz Márcio Teixeira Laranjo, da 21ª Vara Cível de São Paulo, Kajuru “conscientemente” imputou ao jornalista “prática criminosa e comportamento condenável em nossa sociedade, extrapolando a livre manifestação do pensamento e expressão”, ao chamar Boris Casoy de racista e pedófilo.

Na decisão, o juiz afirma ainda que o emprego de termo fascista no Brasil atual tem sido usado de forma indiscriminada para designar pessoas alinhadas à direita, de viés conservador.

“Logo, ao chamar o jornalista de fascista, parece-nos que Kajuru pretendia criticar as ideias e a orientação político-ideológica, em vez de compará-lo às figuras históricas ligadas ao movimento da primeira metade do século 20”, escreveu o magistrado na sentença.

A defesa do senador alegou durante o processo que os ataques foram feitos em decorrência de uma discussão entre os dois nas redes sociais, na qual, segundo Kajuru, Casoy lhe acusou injustamente de pedir dinheiro para o bicheiro Carlinhos Cachoeira.

O senador alegou ainda que não teve a intenção de caluniar e difamar o jornalista. O parlamentar afirma também que chegou a reconhecer que se exacerbou em um programa na ESPN no qual pediu desculpas a Casoy.

Na ação, o jornalista pedia R$ 250 mil de indenização. O valor da condenação de R$ 55 mil, segundo a sentença, tem de ser acrescido de juros de 1% ao mês desde junho de 2013. O senador ainda pode recorrer.

Senador foi condenado por difamação

Em dezembro do ano passado, Kajuru foi sentenciado a 1 ano e 2 meses de prisão pelo crime de difamação, a serem cumpridos em regime aberto, além do pagamento de multa por conta das mesmas declarações contra Boris Casoy.

No entanto, a pena foi substituída pelo pagamento de 50 salários mínimos a uma entidade social, além de uma multa.