A Jordânia proibiu, nesta quarta-feira (23), todas as atividades do grupo Irmandade Muçulmana e fechou seus escritórios no país, anunciou o ministro do Interior, Mazen al Faraya, que acusou o movimento islamista de desestabilizar o país.
A decisão acontece após o anúncio, em meados de abril, da detenção de 16 pessoas, incluindo membros da Irmandade Muçulmana, suspeitos de planos “que pretendiam afetar a segurança nacional, semear o caos e cometer atos de sabotagem na Jordânia”.
“Decidiu-se proibir todas as atividades dos que se dizem da Irmandade Muçulmana e considerar qualquer atividade (da sua parte) como uma violação dos dispositivos da lei”, declarou o ministro.
“Todos os escritórios” utilizados pelo movimento, “mesmo em associação com outras organizações”, serão fechados, afirmou o ministro do Interior.
Os membros do grupo “operam nas sombras e se dedicam a atividades que podem afetar a estabilidade e a segurança” do país, denunciou ele.
Segundo o ministro, as autoridades descobriram “explosivos e armas que circulavam entre diferentes cidades jordanianas e eram armazenados em bairros residenciais, assim como operações de fabricação e esconderijo de foguetes na periferia da capital”.
Ele também mencionou “atividades de treinamento e recrutamento, no país e no exterior”.
A Irmandade Muçulmana prosseguiu com suas atividades na Jordânia, apesar da decisão da principal jurisdição do país, em 2020, de dissolver o grupo, e as autoridades fechavam os olhos para suas ações.
A ala política do grupo, a Frente de Ação Islâmica, virou o maior partido no Parlamento jordaniano, ao obter 31 cadeiras das 138 nas eleições de setembro.
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