A Jordânia inaugurou nesta segunda-feira (13) o maior parque solar já construído em um campo de refugiados, com a esperança de melhorar a vida dos milhares de sírios que vivem ali.

A instalação, feita no campo de Zaatari, é composta por 4.000 painéis solares com capacidade total de 12,9 megawatts, que permitirão fornecer 14 horas por dia de energia elétrica aos 80.000 habitantes do local, segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur).

O projeto, financiado pela Alemanha, custou 15 milhões de euros (17,5 milhões de dólares).

O Acnur fornecia oito horas de eletricidade por dia até agora, com um custo de 500.000 dólares ao mês, disse Stefano Severe, representante desta agência na Jordânia.

“Com esta unidade solar e a ajuda da Alemanha, o Acnur poderá produzir 14 horas a custo zero”, anunciou em uma cerimônia ocorrida no campo, que contou com a presença do ministro jordaniano de Energia, Salah al Jarabsheh, e da embaixadora alemã Birgitta Siefker-Eberle.

Severe disse que o dinheiro economizado graças a essas instalações será utilizado para melhorar outros serviços no campo.

As horas de eletricidade adicionais melhorarão a vida dos refugiados “ao dar mais oportunidade às crianças de estudar à noite” e ao permitir que “as pessoas conservem alimentos em suas geladeiras e se comuniquem com o mundo exterior”, explicou.

A Jordânia inaugurou em maio um parque solar com capacidade de dois megawatts no campo de refugiados sírios de Azraq, no qual vivem cerca de 35.000 pessoas.