Campeã Geral – Grande Porte: Joinville

Apelidos não lhe faltam. “Cidade das Flores”, “Cidade dos Príncipes”, “Cidade da Dança”, “Manchester Catarinense” ou simplesmente Joinville, cidade de Santa Catarina que, com 171 anos completados em março último, chega neste 2022 como campeã geral no Brasil e ainda entre as cidades de grande porte, vencedora absoluta na pesquisa realizada pela Austin Rating.

E é fácil saber o porquê. Maior em área até que a própria capital, Florianópolis, e a terceira do Estado em população, Joinville – que em 2015 já tinha ocupado o segundo lugar entre as cidades de grande porte no ranking das melhores do Brasil da revista ISTOÉ –, nestes últimos tempos destacou-se praticamente em todos os 281 indicadores relacionados às áreas social, econômica, fiscal e digital, passando a ocupar o título de campeã geral no ranking Cidades de Grande Porte, e ainda no Grupo Indicadores Fiscais, que ora é apresentado nesta edição especial.
Mas como se explica tamanha pujança? O fato é que nestes últimos tempos a administração vem investindo em todas as áreas que resultam na garantia de segurança e bem-estar aos cidadãos e desde 2021, sob a batuta do prefeito Adriano Silva (NOVO), tem encontrado ainda mais espaço para crescer e prosperar.

TOP CINCO GERAL
1. Joinville (SC)
2. Jaraguá Do Sul (SC)
3. Blumenau (SC)
4. Maringá (PR)
5. Florianópolis (SC)

PROJETO FAROL o prefeito Adriano Silva (NOVO) no evento de implantação (Crédito:Rogerio da Silva)

Aliás, a cidade tem outros impressionantes números para apresentar. Atualmente com cerca de 604 mil habitantes, Joinville, por exemplo, é a terceira maior economia do Sul do Brasil “e o crescimento e desenvolvimento da cidade podem ser percebidos na melhora da qualidade de vida da população e em excelentes colocações em comparação com outras cidades”, destaca o prefeito.

Segundo ele, neste ano Joinville passou a integrar a lista das cidades mais empreendedoras do País, definida pelo Ministério da Economia. “Além disso fomos a 9ª cidade que mais gerou empregos em 2021”, diz o prefeito, estreante em política. “Esta é a minha primeira experiência em cargo público. Venho do meio empresarial, da indústria farmacêutica. Além disso sou Bombeiro Voluntário há 19 anos”, frisa ele, lembrando que em função da pandemia, que alterou as datas para a realização do primeiro e do segundo turno, o tempo para a transição foi reduzido. “Entretanto, nosso time se dedicou com muito comprometimento para fazer com que este período fosse bastante proveitoso”.

CURSO PROFISSIONALIZANTE Costureiras Criativas capacita mulheres durante a pandemia (Crédito:Divulgação)

Para a montagem do time de secretários e demais cargos comissionados foi realizado, como explica, um processo seletivo semelhante aos processos realizados na iniciativa privada. “Com esta metodologia avaliamos habilidades e competências dos candidatos, valorizando os talentos dos servidores concursados e assim possibilitando a montagem de uma equipe tecnicamente preparada e capacitada”, diz ele que, assumindo o cargo em meio ao caos, frisa que a pandemia, sem dúvida, foi um grande desafio! “Manter a cidade crescendo em meio à mais grave crise sanitária das últimas décadas exigiu decisões rápidas e baseadas nos dados técnicos da ciência”.

Em Joinville foi implantado um Gabinete de Crise, com cinco Comitês Estratégicos para compartilhar as tomadas de decisões e acompanhar o desenvolvimento da pandemia em diversas áreas. De acordo com o prefeito, não foi adotada a estratégia do lockdown para não haver um desmonte na economia. “Pelo contrário, estimulamos o empreendedorismo neste período. Para incentivar a vacinação fizemos parceria com uma startup da cidade para a criação de um sistema de agendamento em Centrais de Imunização, estruturas especialmente preparadas para vacinar os joinvilenses”, destaca o prefeito, que já revelou anteriormente que entre os seus principais desafios está o de facilitar a instalação de empresas na cidade, para que mais empregos venham a ser gerados.

Do século XIX até hoje

É provável que muitos não saibam, mas, em resumo, a história de Joinville tem ligação com a princesa do Brasil Francisca de Bragança, que se casou, em 1843, com Francisco Fernando de Orléans, Príncipe de Joinville, terceiro filho do rei Luís Filipe I, da França. Como prêmio de casamento, a princesa recebeu 25 léguas cúbicas em plena Mata Atlântica que se situavam na região do município – que ganhou o nome de um dos descendentes do monarca francês –, e atraiu imigrantes portugueses antes ainda de a cidade ser fundada. Porém, o imenso reconhecimento compete aos imigrantes que passaram a chegar desde 1851, grande parte suíços, além de alemães e noruegueses, a maioria agricultores.

Localizada na região Norte de Santa Catarina, a cidade, que possui sítios arqueológicos indígenas, tem ainda a maior população de afrodescendentes em Santa Catarina: 17,4% da população é de etnia negra, migrados principalmente a partir da década de 1960.

Vocação industrial

Se a agricultura era a fonte de renda que predominava nos seus primórdios, hoje, 171 anos depois, Joinville, apesar do progressivo aumento do setor terciário – leia-se de comércio de bens à prestação de serviços, abrangendo vasta gama de atividades que vão desde a administração pública, passando por transportes, atividades financeiras, educação, saúde e promoção social –, é ainda a mais industrial de todas as cidades do Estado, considerada o motor da economia catarinense, com atividades que abrangem dos setores metal-mecânico, químico, plásticos e têxtil até o de desenvolvimento de softwares, tendo-se tornado um grande polo desta tecnologia.

Em Joinville se destacam grandes indústrias: Fundição Tupy, a fabricante de eletrodomésticos Whirlpool, indústrias têxteis, como a Döhler, e a gigante fábrica de tubos e conexões Tigre, além da Amanco, Totys, Britania, Krona, General Motors, Siemens, Wetzel. Essas são algumas das empresas que colaboram com a potente economia da cidade, incluindo exportação.

“É fundamental estender um tapete vermelho ao empreendedor” Adriano Silva, prefeito de Joinville

A infraestrutura

Dados apontam que só no primeiro trimestre de 2022 as exportações de Joinville se aproximaram de US$ 300 milhões e esta marca muito se deve ao sistema de mobilidade da cidade, que se destaca por ter acessos por meio de uma rodovia federal duplicada, linhas férreas, proximidade com portos e por contar com aeroporto que é referência, além de ter outros três em um raio de 200 km.

A ferrovia que passa pelo limite municipal de Joinville, por exemplo, liga a região do porto em São Francisco do Sul à cidade de Mafra. Nesta cidade há conexão ferroviária à malha nacional, para Porto Alegre, São Paulo e todo Paraná. Os municípios a Oeste de Joinville – Campo Alegre e São Bento do Sul – estão integrados pela rodovia SC-418, conhecida como Rodovia Dona Francisca. Já o acesso aos municípios a sudoeste da cidade é feito pela SC-108, conhecida como Rodovia do Arroz, que passa por Massaranduba e segue até a região de divisa com o Rio Grande do Sul. Ainda no Sudoeste de Joinville, a SC-108 se encontra com a BR-280, que segue na direção Oeste para Guaramirim, Jaraguá do Sul, Schroeder e Corupá e vai em direção ao Norte catarinense para a cidade de Rio Negrinho, onde se encontra com a SC-418.

O embarque do transporte intermunicipal que integra Joinville às cidades de Araquari, Barra do Sul e São Francisco do Sul ocorre na região central, próximo à Prefeitura. A carga transportada inclui farelo de soja, trigo, sucata, cerâmica e bentonita, soja, óleo degomado, sorgo, aveia, milho, fertilizantes, minério de ferro, bobina de aço, ferro gusa e refrigeradores.

Já o aeroporto está localizado a 13 km da cidade. Com vocação para os negócios e para o turismo de eventos, ele movimenta, diariamente, uma média de 1.351 passageiros, 34 voos e 5.214 kg de carga aérea.
Quanto a portos, embora Joinville não detenha em seu território portos para movimentação de cargas, conta com vários deles, em Santa Catarina e no Paraná.

O Porto de Navegantes é um deles e está localizado a 88 km do município. A cidade também se vale dos portos de Itajaí, a 93 km de distância e de Itapoá, no litoral norte do Estado, distante 79 km de Joinville, além do Porto de São Francisco do Sul, a 61 km; Porto de Paranaguá – PR, a 125 km (maior porto exportador de produtos agrícolas do Brasil), e o Porto de Antonina – PR, a 156 km da cidade.

O equilíbrio das finanças públicas é uma função que exige muita responsabilidade e transparência, e em Joinville não é diferente. Adriano Silva explica que a administração conta com um corpo técnico extremamente qualificado, que dá todo o suporte necessário para que se possa manter as contas públicas em dia, cumprindo a legislação vigente. “Embora saúde, educação e segurança sejam áreas que exigem um investimento importante, não podemos esquecer de áreas fundamentais, como infraestrutura, habitação e assistência social, por exemplo” diz o prefeito.

SAÚDE Joinville é considerada a cidade referência no País (Crédito:Divulgação)

O atual cenário econômico

Para melhor entender o cenário econômico do município, abrangendo toda a sua capilaridade, a Prefeitura, por meio da Secretaria de Planejamento Urbano e Desenvolvimento Sustentável (SEPUD) lançou em dezembro passado o ‘Joinville Cidade em Dados’, publicação contendo informações históricas, econômicas, sociais e políticas de Joinville.
Segundo o prefeito, o fato de o município ter conquistado o primeiro lugar no ranking das melhores cidades de grande porte do Brasil é motivo de muito orgulho. “O compromisso com uma gestão séria e responsável, aliado com o investimento de recursos de forma transparente que estamos conduzindo já está dando resultado e sendo percebido pelos joinvilenses e também em cenário nacional, a partir do momento que a cidade passou a apresentar a evolução em diversos rankings e listas comparativas entre os municípios”, diz. “Este reconhecimento é fruto de um trabalho em equipe, que vem sendo realizado por nossos secretários em parceria com os servidores que integram os times de cada secretaria. O compromisso de fazer uma cidade para as pessoas se renova diariamente em Joinville, porque as decisões são tomadas para que continue crescendo e evoluindo, melhorando a qualidade de vida dos joinvilenses”, revela o prefeito, que hoje conta com 88% de aprovação de sua gestão. “Este é meu primeiro mandato, a primeira vez que ocupo um cargo público. Atualmente, sou o único prefeito do partido NOVO no Brasil e este número mostra que estamos no caminho certo”, comemora.

A menina dos olhos

O incentivo ao empreendedorismo tem destaque em Joinville e o prefeito costuma dizer que, para uma cidade se desenvolver, é fundamental “estender um tapete vermelho” ao empreendedor. “E é isso que estamos fazendo. Entre outros tantos projetos que vêm sendo levados a termo nestes últimos tempos, um em particular chama a atenção, não só dos joinvilenses, como dos visitantes que chegam à cidade. É o projeto O Farol, espaço colaborativo para o fomento de projetos sociais, esportivos e culturais, inaugurado em março último, durante os festejos de aniversário da cidade”, explica.

Instalado no antigo prédio da Prefeitura, totalmente reformado e restaurado, o projeto funciona como coworking para agentes culturais, sociais e esportivos joinvilenses, com o objetivo de gerar economia, empregos e negócios na cidade. O Farol oferece a interlocução entre pessoas, entidades, instituições de ensino, secretarias municipais e empresas. Além do coworking, as sedes da Vigilância Epidemiológica e do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest), serviços da Secretaria de Saúde também estão instalados no local, que é destinado ainda ao Centro de Treinamento da Ginástica Artística, atividade vinculada à Secretaria de Esportes (Sesporte).

EDUCAÇÃO com a melhor rede pública, Santa Catarina, se destaca também com seus cursos superiores de engenharia (Crédito:Divulgação)

O ambiente possui espaços para a realização de workshops, exposições, oficinas, feiras, reuniões, treinamentos, apresentações e espaço colaborativo de atividades. O Farol também abriga a Join. Cubo, uma incubadora pública que oferece aos empreendedores formação em gestão de negócios, mentorias e acompanhamento. Ao se referir ao projeto, o prefeito frisa ainda que seu sonho é que Joinville seja uma cidade cada vez melhor para os joinvilenses.

Entre o passado e o presente

Aliás, o patrimônio cultural, ainda preservado, permite na cidade a convivência harmoniosa entre o passado e o presente. No patrimônio arquitetônico destacam-se as construções que mesclam as influências dos imigrantes com as adaptações necessárias ao local. Casas autênticas em enxaimel, centenárias, ainda podem ser vistas no centro, nos bairros e na área rural.

A Fundação Cultural mantém cinco museus, entre eles o Museu Nacional de Imigração e Colonização, que conta um pouco da história dos primeiros imigrantes da cidade e o Museu da Bicicleta (MuBi), com acervo de mais de 16 mil peças, único do gênero na América Latina. O patrimônio arqueológico é outro destaque. O Museu Arqueológico de Sambaqui é referência internacional no assunto, já que conserva em seu acervo mais de 20 mil peças.

Educação e Saúde

Outro motivo de orgulho, Joinville tem a melhor educação pública de Santa Catarina, sendo que no ensino superior predominam os cursos de engenharia, sobretudo na Universidade do Estado de Santa Catarina e na Universidade Federal de Santa Catarina.

Já em relação à Saúde, além dos sete hospitais, a cidade ainda possui a Maternidade Darci Vargas, Instituto Pró-Rim, referência no país; Hospital de Olhos e diversas clínicas especializadas nas áreas médicas.

“Sou exemplo de um cidadão que resolveu sair da indignação e partir para a ação” Adriano Silva (NOVO), prefeito de Joinville

Sustentabilidade, palavra de ordem

Tem outro assunto que justifica a indicação de Joinville ao título de campeã: o meio ambiente, levado muito a sério na cidade. Nesta gestão foi implantado, por exemplo, o programa Joinville Mais Bonita, que estimula a parceria com a iniciativa privada para a manutenção de praças, parques e espaços públicos. “Com isso, além de termos uma cidade bem cuidada e preservada, estamos devolvendo aos joinvilenses o orgulho de pertencer à cidade, estimulando a busca por um ambiente cada vez mais acolhedor”.

PRODUTOR DE FLORES Passado e presente convivem em harmonia (Crédito:istockphoto)

Com elevado índice de desenvolvimento humano entre os municípios brasileiros, vale ressaltar ainda que a marcante identidade cultural – sedia a Escola do Teatro Bolshoi no Brasil (a única fora da Rússia) e o Festival de Dança de Joinville (considerado o maior festival de dança do mundo) somada à presença esportiva, além de infraestrutura de ponta, faz de Joinville uma das melhores cidades do País, para se viver.

“E é isso que me motiva diariamente a buscar uma gestão pública de excelência. Sou exemplo de um cidadão que resolveu sair da indignação e partir para a ação. O resultado deste trabalho me motiva a continuar incentivando o nosso time a fazer uma gestão cada vez mais eficiente e competente, atendendo às expectativas da população”, finaliza o prefeito Adriano Silva.