Após ter aparecido na quinta-feira (22) com hematomas no rosto e dizendo ter sofrido várias fraturas no corpo no último sábado (17), a deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP) negou nesta sexta-feira (23) que seus ferimentos tenham sido causados por violência doméstica.

À coluna da jornalista Bela Megale, do jornal O Globo, Joice disse que é mais fácil ela “dar uma sova” no marido, o neurocirurgião Daniel França, “do que ele levantar a mão para mim”, e rechaçou a versão que ganhou força nas redes sociais de que ela, talvez, tivesse sido agredida por ele.

“De maneira muito canalha, estão tentando desviar o foco e colocar o meu marido em suspeição. Quem me conhece e conhece o Daniel sabe que é muito mais fácil eu dar uma sova nele do que ele ousar levantar a mão para mim. O meu marido é o tipo de homem que puxa a cadeira para eu me sentar, abre a porta do carro e me espera na porta de casa com uma taça de champanhe. Ele é um príncipe, incapaz de dar um tapinha no meu gato para assustá-lo”, disse Joice.

Na quinta, Joice contou que a última lembrança que tinha de sábado era de estar assistindo à TV em sua cama, à noite, mas teria acordado cerca de sete horas depois, caída no chão do seu closet “em uma poça de sangue” e com diversas fraturas no rosto e pelo corpo.

“Acordei em uma poça de sangue sem saber quanto tempo fiquei desacordada. A hipótese que eu mais acredito é que sofri um atentado”, disse Joice.

Ela conta que, primeiramente, pensou ter desmaiado e se machucado ao cair, mas percebeu que estava com fraturas em vários lugares do rosto e do corpo, e que só poderia ter se machucado assim “se tivesse rolado de uma escada, o que não aconteceu”. A deputada também teve lesões no joelho, no tórax, na cabeça e chegou a perder um pedaço de um dente.

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Joice disse ter sido socorrida pelo marido, que passa os fins de semana com ela em Brasília. Ela ligou para o celular dele às 7h da manhã do domingo (18), porque não conseguia se levantar. Segundo a deputada, ele dorme em outro quarto da casa por ter problemas com roncos.

“Daniel foi a primeira pessoa a me socorrer, a exigir que eu fizesse as tomografias. É uma canalhice tentarem envolvê-lo nesse episódio. Isso tem um intuito de criar uma cortina de fumaça para que não se descubra a verdade. Não vou permitir. Se (o agressor) fosse meu marido, filho, pai ou irmão, eu teria denunciado e colocado na cadeia. Qualquer um que me conhece minimamente sabe disso”, disse a parlamentar ao jornal.


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