PARIS, 21 OUT (ANSA) – As autoridades francesas afirmaram nesta terça-feira (21) que as joias levadas pelos bandidos no cinematográfico assalto ao Museu do Louvre, em Paris, são estimadas em 88 milhões de euros (R$ 550 milhões).
O valor total da ação dos criminosos, que chocou o mundo inteiro, foi revelado pela procuradora Laure Beccuau.
Paralelamente à estimativa divulgada hoje, a direção do Louvre defendeu a qualidade das vitrines que protegiam as joias roubadas no último domingo (19), respondendo a um artigo publicado no Canard Enchainé, que sugeria que a proteção era “aparentemente mais frágil do que a anterior”.
“O Louvre afirma que as vitrines instaladas em dezembro de 2019 representam um avanço considerável em termos de segurança, especialmente considerando o comprovado grau de obsolescência dos equipamentos antigos, o que, sem substituição, teria levado à remoção das obras da exposição pública”, explicaram os responsáveis pelo museu.
De acordo com o jornal Le Figaro, a presidente do Louvre, Laurence des Cars, chegou a apresentar sua renúncia horas após o roubo, mas a solicitação foi rejeitada pelo presidente da França, Emmanuel Macron, seu forte apoiador.
As investigações sobre o ousado roubo seguem avançando. Uma fonte próxima às autoridades locais disse à imprensa francesa que o elevador de carga usado pelos ladrões para acessar o primeiro andar do museu pode ter sido roubado alguns dias antes, nos arredores de Paris.
A ação teria ocorrido em Louvres, onde um morador do pequeno município colocou o equipamento à venda em uma plataforma online. O vendedor marcou um encontro com um suposto comprador em 10 de outubro. No entanto, foi atacado por indivíduos que roubaram o elevador e desapareceram sem deixar vestígios.
Já a ministra da Cultura da França, Rachida Dati, garantiu que os sistemas de segurança do Louvre funcionaram normalmente durante a ação dos criminosos. (ANSA).