LONDRES, 17 DEZ (ANSA) – O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, quer impedir por lei a possibilidade de solicitar à União Europeia (UE) uma extensão do período de transição após a saída do Reino Unido do bloco.   

Segundo um porta-voz do político, o governo vai apresentar ao Parlamento um projeto para limitar em até 11 meses, contados a partir da data de aprovação do Brexit, o período de negociações de um novo acordo de comércio. Desta forma, se o divórcio for aprovado em 31 de janeiro de 2020, conforme previsto, e a lei estiver em vigor, o prazo de transição será encerrado em 31 de dezembro de 2020, sem a possibilidade de prorrogação para eventuais ajustes. “Na semana passada, as pessoas votaram em um governo que executaria o Brexit e levaria o país adiante, e é exatamente o que pretendemos fazer a partir desta semana. A nossa plataforma eleitoral deixou claro que não vamos prolongar o período de implementação e que o WAB vai proibir por lei que o governo aceite qualquer extensão”, disse o porta-voz do governo.   

A declaração, no entanto, provocou reações de analistas, que alegam que o tempo é curto para fechar um tratado de livre comércio. Além disso, temores de que haja um rompimento sem um acordo vieram à tona e acabaram causando a desvalorização da libra esterlina nesta terça. (ANSA)