LONDRES, 12 ABR (ANSA) – O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, foi multado nesta terça-feira (12) pela polícia de Londres por violar as regras anti-Covid do país após participar de festas na sede do governo durante um lockdown vigente entre 2020 e 2021.   

Segundo Downing Street, o premiê britânico já pagou a multa que lhe foi imposta pela Scotland Yard pela violação das regras, mas não renunciou ao cargo devido ao escândalo chamado pela imprensa como “partygate”.   

O comunicado informou ainda que Johnson ofereceu suas mais completas “desculpas” pelo incidente e, portanto, não pretende apelar, bem como sua esposa, Carrie Symonds-Johnson.   

Apesar da pressão que tem sofrido para deixar o governo após a violação das medidas de combate à Covid-19 enquanto os britânicos estavam isolados em suas residências, o primeiro-ministro confirmou que não tem intenção de renunciar ao cargo.   

Em uma mensagem televisiva, Johnson lamentou o caso. “Eu entendo a raiva de muitos porque não cumpri as regras introduzidas pelo mesmo governo que lidero para proteger a saúde pública”, disse ele, reconhecendo “sinceramente que o público britânico tem o direito de esperar melhor” e oferecendo “plenamente as suas desculpas”.   

O premiê do Reino Unido também deu a entender que quer permanecer no cargo para cumprir as suas promessas eleitorais e “implementar os compromissos prioritários para com o povo britânico” com “humildade”.   

Além de Johnson, o ministro das Finanças do país, Rishi Sunak, e outras mais de 50 pessoas estão na lista de indivíduos que serão multados pelas autoridades de Londres.   

O premiê já havia pedido desculpas após a revelação de que sua equipe fez duas confraternizações na véspera do funeral do príncipe Philip. Com direito a DJ e bebidas alcóolicas, as festas eram despedidas para o então chefe de comunicação do premiê, James Slack, e para um fotógrafo do governo, e foram reveladas pelo jornal Daily Telegraph.   

Desde então, Johnson tem sido pressionado a renunciar devido ao fato de ele próprio ter participado de uma festa na sede do governo em maio de 2020, durante o primeiro lockdown no Reino Unido. O caso fez a oposição insistir em sua saída. (ANSA)