Johnson diz que fará de tudo para libertar britânicos em Donetsk

ROMA, 10 JUN (ANSA) – O porta-voz do primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, afirmou nesta sexta-feira (10) que o governo fará “tudo o que for possível” para libertar os britânicos Aiden Aslin e Shaun Pinner, condenados à morte por um tribunal de Donetsk por lutarem na guerra da Ucrânia.   

“O primeiro-ministro ficou chocado com a sentença contra esses homens. Condenamos a falsa sentença de morte. Não há nenhuma justificativa para a violação da proteção às quais eles têm direito”, disse o representante no briefing diário.   

Aslin e Pinner, ao lado do marroquino Saaudun Brahim, foram condenados à morte por serem considerados “mercenários”. No entanto, com exceção da Rússia, ninguém reconhece a República Popular de Donetsk como um país soberano. A região separatista faz parte do território ucraniano, na área do Donbass.   

Além disso, os familiares e os governos nacionais dizem que os três lutavam no exército ucraniano e que, por isso, são prisioneiros de guerra conforme a Convenção de Genebra.   

Porém, Moscou chamou de “histeria” a reação dos britânicos. A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Maria Zakharova, publicou uma mensagem em seu Telegram dizendo que os britânicos só precisam fazer uma apelação ao governo de Donetsk.   

Já o titular da pasta, Sergei Lavrov, se negou a comentar a decisão e a resposta dos britânicos, dizendo que “ninguém deve interferir no sistema judicial da DPR [sigla para Donetsk”.   

(ANSA).