Jogos Paralímpicos de Tóquio são abertos oficialmente pelo imperador Naruhito
O imperador do Japão, Naruhito, declarou oficialmente abertos os Jogos Paralímpicos de Tóquio nesta terça-feira (24) na cerimônia de abertura no Estádio Nacional, 16 dias depois do encerramento dos Jogos Olímpicos e um ano depois da data prevista inicialmente.
“Declaro abertos os Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020”, pronunciou por trás de sua máscara branca o imperador Naruhito, na área das autoridades do estádio, que estava sem espectadores devido ao critério de portas fechadas decretadas para enfrentar a quinta onda da covid-19 no Japão.
Apenas alguns dirigentes e veículos de informação puderam comparecer à cerimônia e ao desfile das delegações, que representa o ponto de partida de 13 dias de uma exposição midiática incomum para os esportes paralímpicos, já que é esperada uma audiência de quatro bilhões de telespectadores ao longo do evento, segundo o Comitê Paralímpico Internacional.
Até 5 de setembro, 4.400 atletas paralímpicos disputarão as 539 medalhas de ouro em disputa.
“Não consigo acreditar que finalmente estamos aqui”, disse o presidente do Comitê Paralímpico Internacional (CPI), o brasileiro Andrew Parsons, nesta terça-feira.
“Muitos duvidaram que este dia chegaria, muitos pensaram que era impossível, mas graças aos esforços de muitos, o evento esportivo dotado da maior força de mudança do planeta está prestes a começar”.
O Japão apresenta a segunda maior delegação, com 254 atletas, atrás da China, país que liderou o quadro de medalhas em todas as edições desde 2004.
O arquipélago japonês registra um recorde de 25.000 casos diários de covid-19 e Tóquio enfrenta sua oitava semana em estado de emergência.
Algumas alterações na cerimônia são reflexos dessa realidade: a ausência de atletas da Nova Zelândia ou a redução da presença brasileira para quatro pessoas.
No último minuto, a bandeira paralímpica entrou no local, carregada por trabalhadores essenciais durante a pandemia.
“É claro que preferiríamos que houvesse público, mas continuamos focados em nosso objetivo. Desta vez, passamos cinco anos treinando para chegar ao Santo Graal”, resumiu a judoca francesa e porta-bandeira Sandrine Martinet, da AFP.
A cerimônia, com o tema anunciado ‘Temos Asas’, recriou um aeroporto no Estádio Nacional para as necessidades do enredo: um avião de uma asa só, interpretado por uma adolescente de 13 anos na cadeira de rodas, que no final consegue voar.
O comitê de refugiados abriu o desfile, liderado pelo nadador refugiado afegão Abbas Karimi e a lançadora síria Alia Issa, a primeira mulher a fazer parte dessa delegação.
A bandeira do Afeganistão também desfilou, apesar da ausência de seus dois atletas representantes, que não conseguiram chegar a Tóquio devido à tomada de poder pelo Talibã em seu país. Sua passagem foi aplaudida inclusive por uma parte dos jornalistas e autoridades.
Esse foi um dos destaques da cerimônia. Outro destaque foi o discurso de Parsons: “Paraolímpicos, vocês deram tudo para estar aqui, sangue, suor e lágrimas”, dirigiu-se aos atletas sentados à sua frente. “Agora é a hora de mostrar seus talentos, sua força e sua determinação”.
Antes de a chama ser acesa, o ‘show’ final, animado pelos acordes de guitarra de Tomoyasu Hotei, se tornou uma ode colorida à diversidade com uma explosão de luzes fluorescentes. Também pode ser vista prática local chamada Dekotora, que consiste em vestir caminhões com luzes de néon. Foi o ex-nadador paralímpico Manami Ito que, tocando violino com arco apoiado em prótese, deu início a um desfile de cadeiras de rodas.
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