Os Jogos Olímpicos de Los Angeles-2028 deverão custar 6,9 bilhões de dólares, anunciaram nesta terça-feira os organizadores, que prometem que não haverá estouros no orçamento, tão comuns nas últimas edições do evento.

Esse valor é maior do que os 5,3 bilhões de dólares anunciados no momento da apresentação da candidatura, em 2017. Segundo a organização, a diferença deve-se à inflação esperada para a próxima década.

O comunicado do comitê organizador de Los Angeles-2028 explicou que o plano olímpico da cidade, que se baseia inteiramente na infraestrutura já existente, prevê um fundo de precaução de cerca de 10% do custo total (cerca de 620 milhões de dólares).

A cidade californiana, que já sediou os Jogos em 1932 e 1984, pretendia inicialmente organizar os Jogos de 2024, entregues a Paris, mas acabou ficando com os de 2028, após uma dupla atribuição inédita do Comitê Olímpico Internacional (COI) em 2017.

Em 2028, o Los Angeles Coliseum, que foi utilizado em 1932 e 1984, será novamente palco do espetáculo, assim como o Los Angeles Stadium, estádio futurista de bilhões de dólares das franquias de futebol americano Los Angeles Rams e Los Angeles Chargers e que só será inaugurado em 2020.

Entre as receitas previstas figuram a contribuição de 898 milhões de dólares do COI e mais de 1,90 bilhão de dólares em vendas de ingressos e patrocínio.

“Nosso lema era adaptar os Jogos à cidade, não a cidade aos Jogos”, lembrou um responsável pela candidatura, garantindo que “nada mudou”.

As polêmicas sobre os orçamentos dos Jogos Olímpicos são recorrentes e envolvem todas as edições.

No ano passado, os responsáveis por Paris-2024 afirmaram ter revisto o projeto após um relatório alertar que haveria um gasto de 500 milhões de euros a mais que o esperado.

No momento, o orçamento para 2024 é de 6,8 bilhões de euros, mas esta previsão não leva em consideração a inflação.

Tóquio-2020 deverá custar cerca de 12 bilhões de dólares, segundo previsões anunciadas em dezembro de 2018.

Os Jogos do Rio-2016 ficaram famosos pelos recorrentes estouros do orçamento e pelo gasto colossal de 13,2 bilhões de dólares.

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