A imagem de Marinho após o apito final no estádio do Engenhão exemplifica bem o sentimento de todos os jogadores do Santos após o empate sem gols contra o Botafogo: de frustração. Extremamente irritado com as falhas nas finalizações, dele inclusive, e com o 0 a 0 no Rio de Janeiro, neste domingo, o atacante santista sentou no gramado, deitou, falou sozinho e xingou, por mais de cinco minutos.

Foi um bombardeio santista, sobretudo no segundo tempo. O goleiro paraguaio Gatito Fernández fez milagres e a bola teimou em não entrar. O jogo foi 0 a 0, mas se tivesse acabado em goleada ninguém questionaria.

“A gente vem finalizando muito, mas infelizmente desta vez a bola não entrou”, lamentou Kaio Jorge, de volta ao time após se recuperar da covid-19. “No segundo tempo atacamos o tempo todo. Temos de seguir trabalhando que a bola vai entrar”.

“Pelo amor de Deus, velho”, foi um dos lamentos de Marinho, após socar o chão, em seu momento de reflexão após o jogo. Pela segunda vez ele passa em branco. Curiosamente, após receber a benção de Pelé, que pediu para o atacante seguir alegrando-o com gols.

Estaria o destaque santista pressionado pelo pedido real? De certo é que sua pontaria acompanhou a do time no Engenhão: torta. Nenhum de seus chutes acabou no alvo.

Talvez por isso a ira. Os triunfos santistas passam por boas apresentações de Marinho. Ele colocou camisa no rosto, puxou o cabelo, esfregou a cabeça… Terminou seu ritual regado com muitos gestos e falácia, sob chuva, fazendo o sinal da cruz. Caminhou ao vestiário sem querer dar declarações à TV. Revolta e insatisfação que servirá de exemplo a todos os companheiros para sempre buscar a excelência.

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