O Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol do Rio de Janeiro (TJD-RJ) tomou uma decisão importante e rigorosa em relação aos incidentes ocorridos no clássico entre Botafogo e Flamengo, realizado na última quarta-feira e vencido pelo time rubro-negro por 1 a 0. Os jogadores do Botafogo, Alexander Barboza e Alex Telles, e o atleta do Flamengo, Cleiton Santana, foram suspensos por 30 dias. A mesma pena foi aplicada ao árbitro de vídeo (VAR), Paulo Renato Moreira da Silva Coelho, por sua responsabilidade nos eventos que marcaram a partida.
A decisão foi divulgada neste sábado, com a assinatura do presidente Dilson Neves Chegas. Em seu parecer, o presidente do TJD-RJ destacou a gravidade das atitudes de Barboza, afirmando que o atleta do Botafogo agiu de forma lamentável ao buscar agredir colegas de profissão e ainda foi agredido pelo jogador Cleiton. “Barboza tem a responsabilidade de ser um bom exemplo uma vez que podem influenciar a torcida, outros atletas, jovens atletas, crianças”, disse o mandatário.
Sobre Alex Telles, o presidente também reforçou a responsabilidade do jogador em ser um bom exemplo. A atitude desrespeitosa do volante, ao xingar o delegado da partida, foi considerada injustificável e sua suspensão preventiva foi vista como adequada.
Cleiton, que agrediu fisicamente Barboza, também recebeu a mesma punição. A agressão, conforme relatado na súmula, foi um dos principais motivos para a sanção imposta ao jogador do Flamengo.
A súmula do árbitro Bruno Mota Correia descreveu que Barboza iniciou a confusão ao provocar o atacante Bruno Henrique, o que resultou em uma troca de socos entre Barboza e Cleiton, além de um dente quebrado. O volante Gerson também esteve envolvido, trocando empurrões com Barboza e sendo expulso no jogo.
No túnel dos vestiários, o delegado Marcos Vinícius de Abreu Trindade relatou xingamentos de Alex Telles, que criticou a postura do delegado e de outros jogadores do Flamengo. Essas atitudes agravaram ainda mais a situação.
Barboza, ao se manifestar nas redes sociais, lamentou a violência. “Jogar a pedra e esconder a mão? Nunca. Cada um sabe o que faz, os motivos e as consequências. Defender o escudo que represento de qualquer forma é o que me ajudou na minha carreira profissional a ser quem sou e alcançar as coisas que consegui, e quem o desrespeita não merece meu respeito de forma alguma. No entanto, a violência nunca será a melhor maneira de resolver as coisas”, disse o zagueiro.
Além de acatar o pedido da promotoria ao suspender os envolvidos na confusão, Chagas ainda rejeitou a suspensão ao árbitro Bruno Mota Correia. O caso será julgado pelo TJD-RJ na próxima quarta-feira.