13/11/2019 - 15:48
Os jogadores da seleção chilena decidiram não disputar o amistoso da próxima terça-feira contra o Peru, devido à crise social vivida no Chile e que já deixou 21 mortos, indicou nesta quarta-feira um comunicado da Associação Nacional do Futebol Profissional (ANFP).
“Os jogadores convocados para a seleção absoluta do Chile decidiram não disputar a partida amistosa internacional diante da seleção do Peru, programado para a próxima terça-feira 19 de novembro, em Lima. A decisão foi adotada pelo elenco após uma reunião realizada nesta manhã no Complexo Juan Pinto Durán”, indicou o comunicado.
A decisão foi tomada depois que alguns jogadores na chegada a Santiago para se concentrarem, manifestaram que o duelo não deveria ser disputado devido à crise que o país vive e que está perto de chegar a um mês.
“Há um ambiente difícil e minha opinião é que não deveria ser jogado, para respeitar o que está acontecendo no país”, disse o volante Charles Aranguiz, na terça-feira.
O técnico do Chile, o colombiano Reinaldo Rueda, liberou imediatamente todos os jogadores para que retornem a seus clubes.
“A Federação de Futebol do Chile já comunicou a situação à Federação do Peru”, acrescentou o comunicado.
Várias das estrelas da ‘Roja’ manifestaram apoio às reivindicações sociais exigidas nas manifestações que aconteceram desde o dia 18 de outubro quando estourou a crise, a pior vista no Chile há pelo menos três décadas.
“Estou com o povo. Ele se levantou e está pedindo aquilo que é justo. Então é preciso apoiá-lo ao máximo”, manifestou o volante do Barcelona, Arturo Vidal, astro da Roja.
A crise social no Chile também obrigou a transferir para Lima a final única da Copa Libertadores-2019 que deveria ser disputada em Santiago na próxima semana entre o argentino River Plate – atual campeão – e o Flamengo.
A federação chilena também cancelou outro amistoso que o Chile disputaria com a Bolívia nesta semana.
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