A seleção brasileira disputará a Copa América-2021, segundo informou a imprensa nesta segunda-feira (7), pondo fim aos rumores sobre um suposto boicote ao torneio que começará neste domingo em um Brasil duramente atingido pela pandemia de covid-19.

O anúncio do Brasil como sede da Copa América, no lugar de Argentina e Colômbia, feito há uma semana, pegou os jogadores e a comissão técnica da seleção comandada por Tite de surpresa, segundo a mídia local.

Os jogadores reclamaram ao presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Rogério Caboclo, por terem ficado sabendo pela mídia e expressaram oposição à realização do campeonato no Brasil, segundo país com mais mortes pela pandemia (mais de 473.000), um número superado apenas pelos Estados Unidos.

“Vamos conversar (depois do jogo contra o Paraguai). Não queremos nos desviar do nosso objetivo, que para nós é a Copa do Mundo”, disse o capitão Casemiro na sexta-feira, após a vitória por 2 a 0 sobre o Equador, em Porto Alegre.

Tite disse quinta-feira que a posição do grupo sobre a ideia de disputar o torneio no Brasil era “muito clara” e prometeu expressar sua opinião após a partida contra os paraguaios.

O apoio do técnico a seus jogadores irritou Caboclo, que no domingo foi afastado do cargo por trinta dias após uma denúncia de uma funcionária da CBF por assédio sexual e moral.

Irritado com Tite, Caboclo estaria considerando substituir o técnico, que tem o apoio do grupo.

O Brasil assumiu a organização da quarta Copa América, realizada nos últimos seis anos, em meio a críticas de treinadores, jogadores e médicos devido à gravidade da pandemia e ao calendário futebolístico apertado.

O presidente Jair Bolsonaro apoia a Copa, que deve ser disputada sem público no Rio de Janeiro, Cuiabá, Goiânia e Brasília entre os dias 13 de junho e 10 de julho.

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