O Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-RS) bateu o martelo sobre a agressão do meia Willian Ribeiro ao árbitro Rodrigo Crivellaro, durante o jogo entre São Paulo-RG e Guarani-VA, pela Série A2 do Campeonato Gaúcho. Na noite da última segunda-feira (18), a Primeira Comissão Disciplinar decidiu que o ex-jogador do clube rio-grandense ficará suspenso por dois anos do futebol.

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A decisão foi aceita por unanimidade ao voto do relator Assis Rafael Machado da Silva, que pediu suspensão do atleta por 730 dias, ou dois anos. Os auditores Carlos Augusto Peixoto Reis, Carlos Renato Martini, Carla Souto Gonçalves e o presidente da comissão, Camilo Gomes de Macedo, também participaram da sessão.

O jogador de 30 anos deu um soco e um chute na cabeça de Crivellaro no decorrer da partida entre o Guarani de Venâncio Aires e o São Paulo de Rio Grande. O confronto era realizado no dia 4 de outubro, no Estádio Edmundo Felix.

No decorrer do julgamento, o meia, que não tinha se manifestado publicamente sobre o caso, afirmou que estava arrependido. Em sua defesa, Willian Ribeiro afirmou que foi xingado pelo árbitro no lance que causou sua agressão, mas não recordou as palavras que Crivellaro teria proferido após ser aplicado o cartão amarelo que gerou sua reação.

– Aconteceram várias situações dentro de campo que muitas vezes o pessoal de fora não sabe. Estou muito arrependido disso. Na hora me deu um apagão e reagi daquela forma. Eu não sei explicar o que me deu na hora. Simplesmente me escureceu a vista. Até já estou procurando para tratar o meu psicológico – declarou o meia, que teve seu contrato com o São Paulo-RG rescindido.

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O procurador Alberto Franco destacou a denúncia e recordou que Willian Ribeiro é reincidente em episódios de violência no futebol e solicitou que o meia seja banido. O meia foi denunciado no artigo 254-A do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) por praticar agressão física durante a partida.

– Me desculpe o atleta, mas dizer que ficou tudo escuro, não é. Foi tudo de caso pensado. Aliás, sugerimos que procure outra profissão. Entendo que ele não tem mais condição de jogar futebol profissionalmente. O que ele fez não é aceitável, tem que ser excluído do futebol profissional – afirmou Franco.

A defesa de Willian Ribeiro amparou-se na vida humilde do jogador, condenou uma “crucificação” antes de ele ser julgado e pediu tratamento psicológico ao meia.

– Ninguém coaduna com essa conduta. Mas nós temos que terminar com a vida de um ser humano? Não é demérito nenhum mudar de profissão, mas quem vai dar emprego ao Willian, com pouco estudo, destruído pela mídia. É a crucificação deste jovem, de 30 anos, pai de dois filhos adolescentes e com uma mãe doente que sequer pode sair de casa – alegou.

Ainda cabe recurso da decisão.

RELEMBRE O CASO

O episódio aconteceu no segundo tempo da partida entre o Guarani-VA e São Paulo-RG. Após a agressão, Willian Ribeiro foi detido e autuado por tentativa de homicídio qualificado. O contrato com o São Paulo foi rescindido.

O árbitro Rodrigo Crivellaro, por sua vez, após deixar o hospital, está usando um colar na sua cervical. Além de não recordar o episódio, ao LANCE! ele afirmou sobre o jogador.

– Não tenho vontade nenhuma de falar com ele. Espero que pague pelo que fez, que não jogue mais futebol, uma pessoa assim não dá para chamar de atleta. Com todos os antecedentes criminais que ele tinha é impossível que uma pessoa assim jogue futebol. Tem que pagar por tudo que fez – disse


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