O meio-campista casaque Ruslan Valiullin recorreu à Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês) para tentar anular uma suspensão por doping aplicada pela Uefa. Ele foi punido com um gancho de dois anos após ser flagrado em teste realizado após jogo da Liga Conferência, torneio europeu de clubes abaixo da Liga dos Campeões e da Liga Europa.

O caso foi ouvido pela corte nesta quarta-feira, mas não há previsão para um veredicto. Valiullin diz ser inocente e alega que sua amostra, colhida pela Uefa, foi contaminada por “algumas vitaminas” que havia ingerido antes daquela partida, que envolveu o seu time, o Tobol, contra o eslovaco Zilina, pela fase classificatória da Liga Conferência.

O meia testou positivo para uma substância estimulante, a metilhexanamina, que entrou para a lista de proibição da Agência Mundial Antidoping em 2009. A partida aconteceu em agosto de 2021, mas o caso positivo só veio à tona três semanas depois, ao fim do empate entre Casaquistão e Ucrânia por 2 a 2, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo do Catar. Os resultados destas partidas não foram afetados pelo caso positivo de doping.

O jogador de 28 anos está afastado dos gramados há 13 meses, à espera do recurso, agora avaliado pela CAS. A Uefa não deu detalhes sobre o caso de Valiullin, justificando que a investigação segue cláusula de confidencialidade por se tratar de doping.

Via de regra, atletas que costumam ser flagrados em casos de doping por metilhexanamina alegam contaminação de suplementos e alimentos que consomem. Este também será o principal argumento do jogador do Casaquistão.