 "Reprodução/Instagram/@stefflima")
O cantor João Gomes, 23 anos, foi escolhido como o Homem do Ano na categoria Música pelo prêmio Men of The Year, da revista GQ Brasil. Nos últimos meses, ele mergulhou em um processo que descreve como uma verdadeira “reeducação emocional”. O pernambucano voltou a fazer terapia e iniciou o uso de medicamentos psiquiátricos — medidas que, segundo ele, ainda são cercadas de preconceito e acabam afastando muita gente mesmo em momentos de aperto.
Hoje, diz sentir um grande alívio. Em entrevista à GQ Brasil, contou estar “muito mais feliz, confiante e em paz”. Após um longo período vivendo no automático, João afirma finalmente conseguir desfrutar das conquistas que alcançou com tanto esforço.
Para quem acompanha sua ascensão relâmpago, é difícil medir o que ele já viveu em tão pouco tempo. Com apenas 23 anos, já se apresentou no Grammy, arrasta multidões pelos palcos do país, supera 9,4 milhões de ouvintes mensais no Spotify e tem um videoclipe que ultrapassou 368 milhões de visualizações no YouTube.
Apesar do sucesso e da ligação afetiva com o sertão, foi o hip-hop que despertou seu interesse pela leitura. “O hip-hop me levou para a literatura. Comecei a buscar as referências que os caras citavam nas músicas”, conta. Dessa curiosidade, encontrou Belchior e Charles Bukowski, autores que leu com avidez e que o ajudaram a construir novas inspirações artísticas.
Mesmo com a rotina intensa, João já faz planos para 2026, ano que enxerga como ainda mais fértil criativamente. Ele adquiriu um escritório no Recife, que chama de “cantinho da criatividade”, onde vai desenvolver projetos ao lado do coletivo Delírio, também parceiro de Dominguinhos. É lá que pretende guardar seu primeiro troféu do Grammy. “Estou numa energia muito positiva para o futuro. Sinto que tem um monte de coração conectado ao meu”, celebra.