João Campos é reeleito com maior votação do Recife desde a redemocratização

João Campos (PSB), prefeito do Recife | Rodolfo Loepert/PCR
João Campos (PSB), prefeito do Recife Foto: Rodolfo Loepert/PCR

Os 77,43% de votos válidos obtidos no primeiro turno fizeram de João Campos (PSB), reeleito neste domingo, 6, o prefeito mais votado de Recife desde a redemocratização.

O feito aconteceu com 71,96% das urnas apuradas. Na segunda colocação ficou Gilson Machado (PL), com 14,13%. Na sequência aparecem Dani Portela (PSOL), com 4,03% e Daniel Coelho (PSD), com 3,33%

Desde as eleições de 1985, o mandatário eleito com a maior margem na capital pernambucana havia sido João Paulo (PT), eleito em primeiro turno em 2004, com 56,11% dos votos.

Além da votação histórica, Campos também impôs sobre Gilson Machado (PL), que teve XX%, a maior distância entre os dois candidatos mais competitivos ao Palácio Capibaribe Antônio Farias .

Confira o histórico de eleições no Recife:

1985: Jarbas Vasconcelos (PSB), 35,20%

1988: Joaquim Francisco (PFL), 49,51%

1992: Jarbas Vasconcelos (PMDB), 52,72%

1996: Roberto Magalhães (PFL), 50,96%

2000: João Paulo (PT), no segundo turno, 50,38%

2004: João Paulo (PT), 56,11%

2008: João da Costa (PT), 51,54%

2012: Geraldo Júlio (PSB), 51,15%

2016: Geraldo Júlio (PSB), no segundo turno, 61,30%

2020: João Campos (PSB), no segundo turno, 56,27%

Vantagem histórica

O eleitorado recifense escolheu a maior parte de seus prefeitos em primeiro turno. Desde 1992, quando passou a haver possibilidade de dois turnos na cidade, a votação derradeira foi necessária em apenas três pleitos.

A conquista de uma vantagem tão ampla em 2024 preserva a hegemonia da família do prefeito na região — ele é bisneto do ex-governador Miguel Arraes e filho do ex-governador Eduardo Campos — e reitera os altos índices de aprovação popular de seu mandato, na casa dos 70%.

Além disso, o pessebista conseguiu atrair para seu palanque o PT do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, eleitoralmente relevante na região, e quebrou uma cisão estabelecida em anos anteriores. Em 2020, quando foi eleito no segundo turno, João travou um embate acirrado com Marilia Arraes, sua prima e, na época, candidata do PT.