Rio – Em seis dias, Jéssica Ellen sobe ao Palco Sunset como uma das convidadas de Elza Soares para cantar com ela no Rock in Rio. Também estarão presentes as cantoras As Bahias e A Cozinha Mineira e Kell Smith. “Gente, vou morrer. Eu nem cheguei nos meus 28 anos, que é o meu retorno de Saturno (risos)”, brinca a cantora e atriz, de 27 anos, que está na segunda temporada da série ‘Filhos da Pátria’, que estreia dia 8 de outubro na Globo.

CONVITE

Jéssica conta que a oportunidade de cantar com Elza veio por meio de Zé Ricardo, diretor musical do espetáculo ‘Meu Destino É Ser Star’. Ele é o responsável artístico do Palco Sunset e do Espaço Favela, ambos no RiR. “Cheguei a tentar fazer teste para o musical dela, mas estava em Fortaleza rodando um filme e não consegui descer para o Rio”, lembra ela, que em agosto teve uma primeira audição do álbum (‘Planeta Fome’, de 2019) da artista de 89 anos.

“Quando sentei e estava na mesma sala que aquela mulher, ouvindo tudo o que ela tinha falado, todo o processo da gravação do disco, que ela está sempre insegura e que ela quer gravar várias vezes a mesma voz, eu falei: ‘Se a Elza que é Elza pede para repetir 30 vezes, quem sou eu para achar que o diretor em uma cena foi e gravou?!’. Aprendo muito com a minha profissão e oportunidades que chegam até mim”, comemora.

NA TV

Em ‘Filhos da Pátria’, Jéssica volta a interpretar Lucélia. Ao contrário da primeira temporada, que foi ambientada em 1822, a nova edição mostrará a família Bulhosa e seus agregados em 1930. Enquanto a personagem, em 1822, era escrava, agora ela trabalha como empregada dos Bulhosa, em um tempo em que o direito à folga é uma afronta. “(A série) mostra o quanto ainda tem resquício até hoje da escravidão no nosso país. Isso fica evidente ainda que a gente aborde de forma rasa e superficial, já que é uma série de humor, mas fica evidente”, analisa a atriz carioca.

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Jéssica explica que a cena que mais gostou de fazer em toda série foi quando Lucélia chega ao limite e tem um embate com Maria Teresa (Fernanda Torres), sua patroa. É um momento em que a Lucélia coloca os limites dela e pede carteira assinada, férias, direitos básicos que não tinha. Diante da indiferença de Maria Teresa, Lucélia pede demissão. Para a intérprete, uma cena em que a empregada dá um basta na patroa é algo que beira a utopia. “Existem milhares de empregadas que são exploradas e que isso acontece até hoje. Existem muitas ‘Lucélias’ que não vão poder fazer o que a Lucélia da ficção fez”, lamenta.

 


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