O ex-deputado e agora novamente presidiário Roberto Jefferson anunciou em carta licença da presidência do PTB por tempo indeterminado. Ele cita no documento dificuldades de tocar o dia a dia do partido – evidente – e revela, em ataques e ironias, situações constrangedoras do perfil de correligionários que até poucas semanas atrás eram grandes amigos.

O manda-chuva do PTB ainda passa por um episódio familiar polêmica. Numa situação que lembra o seriado “Succession”, da HBO, o todo-poderoso brigou com a filha Chrstiane Brasil – em quem não confiou a liderança partidária e o cofre do partido – e promoveu a presidente do PTB a amiga Graciela Nienov (ela foi citada, inclusive, em reportagem da IstoÉ semana passada com farra de gastos com verbas do fundo partidário).

Num dos trechos da carta ( confira abaixo ), Jefferson acusa um grupo de deputados que pretende tomar o controle da sigla. Em especial, uma família política do Centro Oeste:

“Coronel Antônio Albuquerque, homem em armas, tem longa história de pistolagem, várias acusações como mandante de homicídios, prisões e investigações em processos e CPIs de pistolagem. Seu filho Deputado Nivaldo, é uma dama, gentil , delicado, incapaz de uma truculência. Tanto que o coronel Albuquerque supre suas fragilidades frequentemente. Sempre em Brasília é o líder de fato da bancada federal. Cuida de seu frágil rebento como uma donzela virginal, pois passa suas semanas no apartamento funcional do filho em Brasília. Há até uma brincadeira que se faz no partido sobre esse cuidado extremado do coronel para com seu filho, maior de idade e quase quarentão, lembrando um título de famosa peça de teatro encenada com sucesso nacional: “ Toda donzela tem um pai que é uma fera”.

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