Jean Wyllys, ex-deputado federal, falou sobre sobre sua filiação ao PT. Ele afirma que a decisão foi tomada após anos dele ser considerado como ‘petista’, mesmo sendo filiado ao PSOL, partido pelo qual se elegeu pela primeira vez à Câmara em 2010.

Além disso, Jean deixou claro que a ideia de se filiar ao PT também passa pelo objetivo de apoiar a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em 2022.

“Passei anos sendo tratado como petista por pessoas do meu partido que desconhecem o que é cooperação e respeito”, disse Jean, sem citar nomes de membros do antigo partido.

“Uma vez que sou insultado como petralha pela extrema direita e seus meios de desinformação, uma vez que estava levando a fama sem deitar na cama, uma vez que paguei um alto preço por isso, mesmo não sendo até o dia de hoje petista de fato, uma vez que desejo me empenhar muito na campanha de Lula, sem constranger nenhuma das figuras públicas de meu partido PSOL, que respeito bastante e, principalmente, porque só quero saber do que pode dar certo”, continuou Jean.

O ex-deputado, que decidiu não exercer o seu mandato após ser reeleito pela segunda vez, em 2018, também citou “as mais de 400 mil mortes por Covid, assassinatos de lideranças indígenas e ambientalistas, de mulheres LGBTs, e a crise humanitária decorrente da fome e do desemprego” em sua justificativa. “[Quero] ser petista com o mesmo orgulho com que sou gay”, resumiu o ex-deputado.

O evento virtual contou com a participação dos principais nomes do PT, como Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma Roussef, Fernanda Haddad e Gleisi Hoffmann. Em sua participação, Jean ainda classificou a sua filiação como uma “estratégia contra o fascismo”, em referência ao governo Bolsonaro.

“Trocar de partido é um direito democrático, principalmente quando se trata de trocar de partido para tomar partido. Essa filiação é, além um reencontro comigo mesmo, uma estratégia contra o fascismo”, finalizou.